A ação integra o Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes e à Microcefalia e dá continuidade ao Dia da Faxina realizada na última sexta-feira (29/1). A proposta é envolver as unidades públicas, privadas e filantrópicas do setor em todo o país
Em continuidade as ações de mobilização para enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, febre chikungunya e o vírus Zika, os serviços de saúde públicos, privados e filantrópicos em todo o país devem realizar nesta quinta-feira (4) a limpeza dos prédios para eliminar possíveis focos do vetor. A ideia é que o conjunto de trabalhadores da saúde promova a ação em todas as instalações, assegurando que os ambientes de trabalho estejam livres do mosquito e garantindo, assim, a segurança de pacientes e seus acompanhantes. A iniciativa integra o eixo de mobilização do Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes e à Microcefalia, coordenado pelo Ministério da Saúde, com envolvimento de mais 19 ministérios e outros órgãos federais.
Para viabilizar a ação, o Ministério da Saúde acionou o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), que enviaram comunicados aos gestores com orientações sobre a mobilização, além da Federação Brasileira de Hospitais (FBH), Confederação Nacional de Saúde (CNS) e Confederação das Santas Casas de Misericórdia (CMB). O Ministério da Saúde também enviou mensagem para as Salas Estaduais de Coordenação e Controle para o enfrentamento da dengue, chikungunya e Zika.
“O trabalho de combate aos criadouros do Aedes tem de ser permanente. É importante que todos os trabalhadores da saúde continuem engajados nessas ações e façam a limpeza do local continuamente. A melhor forma de enfrentarmos a microcefalia e proteger nossa população é não deixar o mosquito nascer”, destaca o ministro da Saúde, Marcelo Castro. Todas as secretarias estaduais de saúde receberam uma mensagem do ministro convidando para o engajamento na campanha de enfrentamento ao mosquito. A expectativa é de que aqueles que não puderem realizar a ação nesta quinta-feira, que se programem para os próximos dias.
Atualmente a rede de saúde pública conta com cerca de 3 mil hospitais públicos, 1.900 privados sem fins lucrativos e 2.400 privados com fins lucrativos, 400 Unidades de Pronto Atendimento (UPA), 41 mil Unidades Básicas de Saúde (UBS), laboratórios e hospitais de excelência. Ao final do dia deve ser realizado um balanço, com registro das ações e adoção de um plano de monitoramento para que cada ambiente continue livre do mosquito, ou seja, uma ação contínua. Os possíveis focos do mosquito, que forem identificados, devem ser repassados à Sala Estadual de Comando e Controle.
DIA DA FAXINA – Na última sexta-feira (29), o governo federal promoveu uma mobilização nacional dos servidores públicos no chamado “Dia da Faxina”, cujo objetivo foi inspecionar e eliminar possíveis focos do mosquito nos prédios. A ação aconteceu em ministérios, autarquias, agências e demais órgãos vinculados, envolvendo cerca de 1,6 milhão de trabalhadores.
No Ministério da Saúde, a inspeção aconteceu dentro e nos arredores dos prédios. Entre as providências que já estão sendo adotadas estão colocação de grelhas nas saídas de iluminação e ventilação do subsolo para impedir que folhas de árvores possam cair e acumular água, furos nas lixeiras da área externa, limpeza dos refletores e jardins para impedir a proliferação de larvas do mosquito. Foi realizada ainda a limpeza da área dos jardins, retirada e a poda de plantas que acumulam água ao redor dos edifícios.
Os hospitais, institutos, núcleos estaduais, Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIS) e demais unidades ligadas à pasta também foram vistoriados. A ideia é que as ações integrem a rotina de funcionamento das estruturas federais em todo o território nacional.
Para reforçar as ações de mobilização dos servidores federais, foi publicado no Diário Oficial da União de terça-feira (2), o decreto que determina adoção de medidas rotineiras de prevenção e combate ao vetor em todos os prédios públicos. Entre as medidas estão à realização de campanhas educativas, vistoria e retirada de criadouros do mosquito, além da limpeza das áreas internas e externas e o entorno das instalações públicas. Caberá a cada órgão indicar os trabalhadores responsáveis pela coordenação das ações de sensibilização.