Surto de caxumba na Papuda causa suspensão de visitas a presos de duas unidades

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Devido a um surto de caxumba, a Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal suspendeu as visitas aos detentos de duas unidades do Complexo Penitenciário da Papuda por tempo indeterminado. Segundo a Subsecretaria do Sistema Penitenciário, a medida é preventiva e visa a impedir que a doença se espalhe, porém, não há relatos de casos em outros estabelecimentos penais do Distrito Federal.

Até a última segunda-feira (8), 69 detentos de três alas do bloco I do Centro de Detenção Provisória (CDP) já tinham sido diagnosticados com a doença. Quatro apenados e uma servidora do Centro de Internamento e Reeducação (CIR) também apresentam os mesmos sintomas, totalizando 74 doentes. Um novo levantamento deve ser anunciado nesta quinta-feira (11).

A suspeita é de que a doença se espalhou a partir do bloco I do CDP e de algumas alas do CIR. Por esse motivo, a movimentação nesses espaços foi reduzida e os internos, vacinados. Todo o pessoal que trabalha no complexo também está recebendo a vacina. O bloco I e as instalações do CIR atingidas deverão permanecer isolados por pelo menos dez dias contados a partir do último caso identificado da doença. Internos sintomáticos não poderão circular fora dos centros por um período de 30 dias.

A Subsecretaria do Sistema Penitenciário garantiu que manterá ao menos um médico e uma equipe de enfermeiros de plantão. Caso seja necessário, os internos que apresentarem os sintomas da caxumba serão transferidos para um dos três hospitais públicos de referência que contam com salas prisionais (Hospital Regional da Asa Norte, o Hospital Regional do Paranoá e o Hospital de Base).

A Secretaria de Justiça e Cidadania não descarta a possibilidade de adotar novas medidas restritivas caso haja recomendação das equipes de saúde. Neste primeiro momento, foram suspensas as visitas de parentes dos internos das alas B e E do bloco I do CDP, que ocorrem às quartas-feiras.

No CDP também foram identificados casos da doença entre presos da ala C, mas como não havia visitas programadas para os próximos dias, ainda não foi necessário anunciar qualquer medida específica, além da suspensão temporária, nas três alas atingidas, do atendimento de oficiais de Justiça e de policiais em depoimentos. As visitas de advogados estão mantidas, já que, segundo a subsecretaria, os profissionais não tem contato direto com os internos.

Já no CIR, foram suspensas as visitas familiares a internos do Pavilhão S do Pátio 4, que ocorrem às quartas-feiras, dos pavilhões H e L, do Pátio 1 e dos pavilhões B e F do Pátio 3, que acontecem às quintas-feiras. Atendimentos de oficiais de justiça e de policiais em situação de oitiva aos internos dos pavilhões listados e do Pavilhão Disciplinar também estão interrompidos.

Os detentos que chegam ao complexo, trazidos da Divisão de Controle e Custódia de Presos da Polícia Civil, passarão por acolhimento, triagem e, caso não se identifiquem sintomas, serão encaminhados para o CDP, excluindo o Bloco I, que não receberá novos detentos. Caso algum novo interno tenha a doença identificada na triagem, será encaminhado para as alas onde há o isolamento.

Agência Brasil

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