Cuidados Paliativos tem educação continuada

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) 40 milhões de pessoas no mundo precisam dos cuidados paliativos

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Residentes avaliaram positivamente as aulasResidentes avaliaram positivamente as aulas
Residentes avaliaram positivamente as aulas
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Com o intuito de difundir o trabalho, ampliar e disseminar os temas que envolvem os cuidados paliativos, o Grupo Consultor de Cuidados Paliativos (GCCP) do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) de Passo Fundo, promoveu neste mês de maio, aulas com as diversas especialidades da Residência Médica da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS/HSVP). Os médicos Dr. Daniel Marcolin, Dr. Felipe Thomé dos Santos e Dr. Vinicius Buaes Dal’Maso, ministraram as aulas para os residentes, trazendo diversos pontos acerca dos cuidados paliativos.

geriatra Dr. Daniel Marcolin, ministrou a aula para a Residência de Clínica Médica enfatizando principalmente, que o paciente deve ser avaliado de maneira global, considerando os sintomas físicos, psicológicos, sociais e espirituais. Além disso, pontuou que a família também deve ser considerada, já que, convive com o paciente, com o medo, ansiedade e angústia diante da doença que ameaça a vida. “É fundamental a equipe multiprofissional estar atenta as demandas do paciente e de seus familiares para poder oferecer um novo sentindo ao tempo de vida que lhe resta”, enfatizou. Em sua fala, o especialista abordouainda a sedação paliativa, conceito e indicações. objetivo desta, é o alivio de um ou mais sintomas refratários em pacientes com doença avançada terminal, onde Dr. Marcolin desmistificou a ideia de que a sedação paliativa é um procedimento que apressa a morte, mas ao contrário, que propicia uma morte mais tranquila e digna.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) 40 milhões de pessoas no mundo precisam dos cuidados paliativos, porém, apenas 15% dessa população têm acesso ao tratamento de cuidado paliativo adequado. Esta foi uma das informações que oncologista, Dr. Felipe Thomé dos Santos, trouxe para os residentes de Neurologia e Oncologia Adulta. “Este dado evidencia como o assunto deve ser introduzido na formação acadêmica e fortalecido na atuação dos profissionais no cuidado com o paciente e seus familiares”, ressaltou o profissional, informando ainda que os cuidados paliativos estão incluídos no Código de Ética Médica do Conselho Federal de Medicina e cabe ao médico oferecer ao paciente esse tratamento, avaliando todos os sintomas de maneira criteriosa, individualizando cada caso.

Comunicação também é fundamental dentro dos Cuidados Paliativos

A comunicação foi um dos temas abordados pelo pneumologista, Dr. Vinicius Buaes Dal’Maso para a Residência Médica deCirurgia Geral. “A comunicação é a base do tratamento e do cuidado integral do paciente, por isso deve abranger não apenas a equipe multiprofissional, mas o paciente e a sua família. Todos devem estar compreendendo e participando das decisões”,destacou. Ainda, pela experiência de trabalho em Centro de Tratamento Intensivo (CTI), Dr. Vinicius fez com que os residentes refletissem sobre o encaminhamento de pacientes para o CTI quando não há expectativas de reverter o prognóstico da doença aguda ou crônica, o que submete esses pacientes a procedimentos invasivos que acabam prolongando e tornando doloroso o processo de morte, quando deveria-se oferecer ao paciente uma morte mais natural, sem sofrimento, próximo dos seus familiares.

Educação contianuada permite promover e expandir os conhecimentos sobre o assunto

 oncologista Dr. Lieverson Augusto Guerra analisou que “é importante envolver e discutir com os residentes sobre o conceito dos cuidados paliativos e como atuar, pois é uma área em que temos muito que aprender”. Já o neurologista Dr. Alan Christmann Fröhlich, acredita que o GCCP, deve manter a educação continuada sobre os cuidados paliativos, pois muitos dos pacientes neurológicos têm sobrevida longa, com necessidade de receber assistência da equipe multiprofissional. “As vezes, a correria do dia a dia impede que tenhamos um tempo maior com o paciente e a sua família, os cuidados paliativos retomam como é importante ter essa comunicação”, frisou o médico.

 Os residentes que participaram das aulas, em sua maioria, fizeram uma avaliação positiva das aulas. “A proposta da educação continuada é importante, porque nos deparamos todos os dias com pacientes em cuidados paliativos e dúvidas sobre a sedação. Em nossa formação, esses temas ainda são muito escassos, precisamos integrar o cuidado do paciente com as demais especialidades”, considerou a residente de Clínica Médica, Gabriela Stella. Assim como ela, o residente André Luiz Loureiro de Mattos Filho, apontou que a proposta da aula contribuiu para fortalecer a relação médico- paciente. “Nem sempre é possível curar, mas podemos ajudar o paciente e a sua família passar pelo momento do adoecimento e terminalidade oferecendo conforto e qualidade de vida”.

 

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