Uma semana após o fim da paralisação dos caminhoneiros em todo o Brasil, os produtores rurais de Passo Fundo e da região começam a voltar à normalidade. Os avicultores e os criadores de gado bovino de leite enfrentaram dificuldades com o abastecimento de alimentação e o escoamento da produção durante o período mais intenso da paralisação.
No caso dos avicultores, apesar da volta da normalidade no abastecimento de ração para as aves, os prejuízos ainda devem ser sentidos. Conforme o presidente da Avipenca, Luiz de Jesus, durante o período da paralisação, muitos produtores tiveram dificuldade para fornecer alimentação adequada às aves. Com isso, o ganho de peso foi prejudicado e isso deve reverter em prejuízo no momento da entrega aos animais para o abate.
“Felizmente, na nossa região não tivemos mortalidade de animais por falta de alimento. Muitos avicultores buscaram produtos para suprir essa necessidade, mesmo assim não teve o mesmo desempenho do animal, vai ter perdas na produção de carne devido à alimentação não estar bem adequada”, pontua Luiz. Segundo ele, a empresa já normalizou o recebimento dos animais prontos para o abate.
Na reta final da greve, a Federação de Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) chegou a divulgar uma nota manifestando o apoio à causa, mas solicitando o fim da paralisação. Conforme o documento, os manifestos não respeitavam o direito constitucional de ir e vir, e os excessos estavam causando prejuízos aos “produtores, ao setor produtivo e a toda sociedade”. Conforme o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Passo Fundo, Airton dos Santos, os demais produtores também estão voltando à normalidade. No caso do leite, em contato com representantes de empresas e com os produtores, ele destaca que o recolhimento já está normalizado.