Uma parceria inédita entre a BASF e a Biotrigo Genética foi firmada para o desenvolvimento de novas cultivares de trigo dentro do sistema de produção Clearfield®. A previsão é que a tecnologia chegue ao mercado brasileiro em 2020 e será uma eficiente ferramenta para auxiliar no controle de plantas daninhas. Nas lavouras de arroz no Brasil, o Clearfield® já é uma tecnologia reconhecida e adotada em mais de 80% das áreas. Essa inovação significou a retomada da semeadura do cultivo em áreas antes desprezadas devido a altas infestação de plantas daninhas. No trigo, o sistema de produção Clearfield® suportará o produtor a manejar com efetividade as plantas daninhas na cultura e no sistema de produção, evitando mato competição inicial e entregando a área limpa para a soja.
A nova cultivar resistente a um grupo de herbicidas pertencente às imidazolinonas, ajuda a eliminar importantes plantas daninhas, como o azevém (Lolium spp) e nabo (Raphanus spp.), resistentes ou não a outros herbicidas. “A matocompetição no trigo pode provocar redução significativa da produtividade e qualidade do grão. Por isso, a parceria com a Biotrigo é muito importante para levarmos aos agricultores inovação no sistema de produção, aliado a uma genética de alto rendimento. Dessa forma, os triticultores poderão manejar melhor suas lavouras e alcançar maior produtividade, qualidade de grãos e rentabilidade”, comenta Vitor Bernardes gerente de Marketing de Arroz e Cultivos de Inverno da BASF.
Para o cultivo do trigo, a introdução da tecnologia será pioneira no Brasil. Segundo o gerente de Novos Negócios da Biotrigo, Jorge Stachoviack, a nova cultivar não é uma tecnologia OGM (Organismo Geneticamente Modificado), tendo sido selecionada por meio de técnicas de melhoramento convencional. “Esse processo seleciona cultivares para maior produtividade, maior resistência a doenças e, nesse caso, resistência a herbicidas que normalmente matariam a planta de trigo”, explicou.
A primeira variedade a ser lançada pela parceria com a tecnologia CL, ainda sem nome comercial, é derivada de TBIO Sinuelo - um dos materiais mais semeados no Brasil nos últimos anos – e traz características agronômicas muito próximas a este. “Entendemos que esta nova solução permitirá a oferta de um maior número de mecanismos de ação, auxiliando o gerenciamento da resistência das plantas daninhas que afetam não somente o trigo, mas também as culturas de verão”, disse Jorge.