Reinauguração da Estação da Antártica foi adiada

Cerimônia foi transferida para esta quarta-feira em função do mau tempo

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Em 2012, um incêndio de grandes proporções destruiu 70% das instalaçõesEm 2012, um incêndio de grandes proporções destruiu 70% das instalações
Em 2012, um incêndio de grandes proporções destruiu 70% das instalações
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A reinauguração da Estação Comandante Ferraz, base de pesquisa brasileira na Antártica, que deveria ocorrer nesta terça-feira (14), às 17h, foi adiada para amanhã, quarta-feira. As condições climáticas fizeram com a que a Marinha transferisse a cerimônia. As instalações ocupam uma área de 4.500 metros quadrados e podem abrigar 64 pessoas, principalmente pesquisadores e militares.

Segundo o governo federal, foram investidos cerca de 100 milhões de dólares em sua reconstrução. Isso porque, em 2012, um incêndio de grandes proporções destruiu 70% das instalações, matando dois militares. Desde então, o Brasil utilizava uma base provisória. A obra iniciou no governo de Dilma Rousseff, tiveram andamento e foram encerradas no governo de Michel Temer. No atual governo, foram equipados os laboratórios. 

Para o professor de Relações Internacionais do Ibmec Brasília, Ricardo Caichiolo, a reformulação do local, com instalações mais modernas, permite que pesquisadores tenham melhores condições de trabalho. O que, na visão dele, pode representar a ampliação de investimentos para a comunidade científica.

“As pesquisas são, basicamente, na área de oceanografia, biologia, química, meteorologia. Agora, o que é importante também, além da parte da pesquisa, é mostrar que o Brasil investe em pesquisa e em tecnologia. Nenhum país chegou a se tornar desenvolvido sem investimentos maciços em tecnologia e inovação. Já há uma destinação do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações no valor de R$ 18 milhões para financiar esses projetos. Já existem 16 projetos aprovados e esse valor vai cobrir as pesquisas até 2022”, conta.

O projeto da base de pesquisas é nacional, mas foi executado por uma empresa chinesa. Ao todo, foram utilizadas 700 toneladas de aço para resistir às condições adversas da Antártica.

Após o incêndio que deixou a base inativa por oito anos, foram instaladas portas corta-fogo, alarmes de incêndio e detectores de fumaça como forma de garantir a segurança do local.

O gerente do Programa Antártico Brasileiro, Sérgio Guida, conta que pesquisadores da Fiocruz e da Agência Internacional de Energia Atômica já confirmaram que haverá desenvolvimento de projetos no local, que passa a contar com infraestrutura de ponta.

“A base anterior tinha 5 laboratórios, laboratórios até um pouco acanhados. Agora, nós temos 17 laboratórios. Temos uma capacidade de pesquisa muito grande. Os nossos pesquisadores poderão usufruir com facilidade”, disse.

A Estação Comandante Ferraz tem 32 quartos, com duas camas e um banheiro cada, além de academia, biblioteca, auditório e enfermaria.

A estação tem uma usina eólica que aproveita os fortes ventos da região. O espaço conta ainda com placas para captação de energia solar, uma vez que, no verão, a luz do sol brilha por cerca de 20 horas ao dia na Antártica.

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