O perfil do grupo hacker Anonymous Brasil voltou à atividade, na noite de segunda-feira (1º) após quase dois anos sem atividades cibernéticas, e vazou dados pessoais do presidente da República, Jair Bolsonaro, dos filhos dele, Carlos, Eduardo e Flávio, e de integrantes do governo federal, como os dos ministros Abraham Weintraub, da Educação, e Damares Alves, da pasta da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
A publicação traz informações como celulares válidos, email, endereços, bens declarados, participação em empresas, score do Cadastro de Pessoa Física (CPF), além de dívidas registradas. Horas depois da divulgação, o perfil no Twitter da célula brasileira saiu do ar. A ação do grupo, no país, possivelmente foi inflamada pela reação de outros integrantes da Anonymous no mundo, que, no domingo (31), divulgou um vídeo direcionado à polícia americana, ameaçando expor “muitos crimes” cometidos pela polícia em todo o mundo, segundo apontou o site especializado Tecmundo.
Pela mesma plataforma de microblog, o verador Carlos Bolsonaro disse que "medidas legais" estão em andamento "para que tais movimentos não passem impunes".
Quem é o grupo
Desde 2003, o grupo Anonymous existe simultaneamente como um "cérebro global" na comunidade online e atua de forma coordenada para, segundo eles, promover a liberdade na Internet e a liberdade de expressão.
Em outubro de 2011, o grupo realizou uma campanha contra a pornografia infantil protegida por redes anônimas. Eles derrubaram 40 sites de pornografia infantil, publicaram o nome de mais de 1500 pessoas que frequentavam essas páginas, e convidaram o FBI e a Interpol para acompanhá-los na operação que ficou conhecida como DarkNet.