A Receita Federal do Brasil, o GAECO-SP e a Polícia Rodoviária Federal cumprem nesta manhã (21) quinze mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão no bojo da “Operação Arinna” com objetivo de desarticular organização criminosa especializada na adulteração de combustíveis e do composto químico ARLA 32 que vem a ser um reagente utilizado para garantir maior eficiência com menor poluição ambiental em motores a diesel dos veículos fabricados a partir de 2012.
A utilização do Arla 32 reduz um dos poluentes mais nocivos ao meio ambiente presentes nos combustíveis, que é o óxido de nitrogênio (nox) e de acordo com o CTB, o enquadramento é infração grave e cabe autuação e retenção do veículo para regularização.
Segundo apurado na investigação o esquema criminoso consistia em fabricar o ARLA32 utilizando-se, irregularmente, ureia destinada à fabricação de adubos e fertilizantes, o que além de danos ao meio ambiente danifica o motor do caminhão. Também foi verificado que a organização criminosa importa irregularmente nafta sob a justificativa de que o produto seria destinado à fabricação de tintas e vernizes, entretanto, os elementos de convicção colhidos até o presente momento indicam o insumo estaria sendo desviado para ser misturado à gasolina. Com o desvio das finalidades industriais da nafta, o grupo investigado teria sonegado tributos federais, que somados a multas aduaneiras aplicáveis ao caso, podem totalizar cerca de R$ 270 milhões.
Os mandados estão sendo cumpridos nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Tocantins, Rondônia e Rio Grande do Sul. Participam do cumprimento dos mandados de busca e apreensão 16 Auditores-Fiscais e 6 Analistas Tributários da Receita Federal, além de Policiais Rodoviários Federais.
O nome da operação é uma referência à deusa do sol da extinta civilização hitita.