O Ministro das Relações Exteriores (MRE), o chanceler Ernesto Araújo lamentou hoje (7), em redes sociais, a invasão do Congresso norte-americano ocorrida ontem, durante a cerimônia de validação dos votos dos delegados nas eleições gerais de 2020.
Araújo afirmou a necessidade de investigação das quatro mortes decorrentes do protesto. Segundo Araújo, “nada justifica uma invasão como a ocorrida ontem.”
Em sua postagem, Ernesto Araújo citou ainda a insatisfação de parte do eleitorado americano que, segundo ele, “se sente agredido e traído por sua classe política e desconfia do processo eleitoral.”
O chanceler afirmou que a distinção entre o processo eleitoral e democracia deve ser observada, e que “uma democracia saudável requer a confiança da população na idoneidade do processo eleitoral.” Outras autoridades brasileiras, como o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), se manifestaram sobre a invasão.
Não existem evidências de fraude no processo eleitoral americano e Trump perdeu processos judiciais em diversos estados americanos onde contestou o resultado.
Estado de emergência
Segundo a prefeita de Washington, a democrata Muriel Bowser, quatro pessoas morreram e 70 manifestantes foram presos após os confrontos. Pelo menos 14 policiais foram feridos e hospitalizados.
A declaração de estado de emergência na cidade - utilizada para instituir o toque de recolher - foi prorrogada por mais 15 dias. A posse e o juramento público de Joe Biden e Kamala Harris estão previstos para acontecer no dia 20 de janeiro.
Em coletiva de imprensa dada na sede da polícia metropolitana da cidade, Bowser afirmou que “pessoas que desrespeitarem o toque de recolher serão presas”.