Fiocruz desenvolve teste que identifica variantes do novo coronavírus

Brasil registrou 204 casos confirmados das variantes

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O novo teste é uma ferramenta mais rápida que o sequenciamento (Foto: Itamar Crispim/Agência Brasil)O novo teste é uma ferramenta mais rápida que o sequenciamento (Foto: Itamar Crispim/Agência Brasil)
O novo teste é uma ferramenta mais rápida que o sequenciamento (Foto: Itamar Crispim/Agência Brasil)
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Pesquisadores do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) desenvolveram um teste com protocolo RT-PCR que, além de confirmar a infecção por SARS-CoV-2, aponta se a pessoa foi contaminada por uma das três variantes de preocupação (brasileira, britânica e sul-africana).

A circulação dessas três variantes do novo coronavírus é objeto de estudo e preocupação de pesquisadores e autoridades sanitárias ao redor do mundo, já que alterações na principal proteína usada pelo vírus para infectar as células humanas tornam essas novas linhagens potencialmente mais transmissíveis. 

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil já tem 204 casos confirmados das variantes, sendo 20 da variante britânica e 184 da variante brasileira, identificada pela primeira vez em Manaus. 

O vice-diretor de Pesquisa e Inovação da Fiocruz Amazônia, Felipe Naveca, destacou que o novo teste é uma ferramenta mais rápida que o sequenciamento na identificação das variantes e vai reforçar a vigilância genética do vírus no Brasil.

"É possível fazer centenas de amostras diariamente, porque o protocolo de PCR em tempo real é muito mais fácil e direto do que o sequenciamento, então, a gente consegue fazer hoje com a nossa capacidade centenas de amostras por dia", comenta Naveca em texto divulgado pela Fiocruz.

Para confirmar a precisão do teste, foram analisadas 87 amostras já sequenciadas geneticamente, e o protocolo RT-PCR obteve os mesmos resultados.

O Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas (Lacen-AM) será o primeiro a usar o produto, e há tratativas para que ele esteja disponível em seguida em Rondônia, Roraima, Mato Grosso do Sul, Ceará, Rio de Janeiro e outros laboratórios interessados. 

Segundo Naveca, ainda não há insumos que permitam a distribuição do teste para todo o país, mas a validação do protocolo em maior escala poderá permitir que isso aconteça.

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