Sem recursos no orçamento previsto para este ano, o Ministério da Economia cancelou a realização do Censo Demográfico em 2021. A contagem da população, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a cada 10 anos, previa a necessidade de R$ 2 bilhões.
Na tramitação da proposta encaminhada pelo instituto de pesquisa, os deputados federais já haviam reduzido o valor para R$ 71 milhões. Nesta sexta-feira (23), o secretário especial da Fazenda, Waldery Rodrigues, disse que a contagem populacional será adiada. "As consequências e gestão para um novo Censo serão comunicadas ao longo desse ano, em particular em decisões tomadas na Junta de Execução Orçamentária", afirmou.
Em nota, divulgada em março, o IBGE ponderou que o modelo misto de coleta, feito de forma presencial, por telefone e online, seria adotado nos trabalhos dos agentes recenseadores em todas as cidades. "O país necessita das informações geradas pelo Censo, que são essenciais para subsidiar políticas públicas em diversas áreas, especialmente em um contexto de pandemia, onde esses dados são estratégicos para o avanço da vacinação e para o planejamento de infraestrutura em saúde", destacou o posicionamento do IBGE.
Além de estratégica para as tomadas de decisão sobre a imunização, a contagem da população realizada no Censo é adotada para a destinação de repasses financeiros do Governo Federal às cidades através do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Recenseadores
Com o adiamento da pesquisa demográfica, o IBGE cancelou a contratação temporária de recenseadores. Em Passo Fundo, 216 postos de trabalho temporários seriam abertos, sendo 192 vagas para recenseador, três para agente censitário municipal e 21 para agente censitário supervisor.