Dimas Covas, que está depondo na CPI da Covid na manhã de hoje (27) afirmou que em dezembro de 2020 o Instituto Butantan já possuía 5,5 milhões de doses da CoronaVac estocadas e 4 milhões em produção. Nessa mesma época, só haviam sido vacinadas 4 milhões de pessoas em todo o mundo.
Dimas Covas disse que acordo do Butantan com o Ministério da Saúde, em outubro, incorporaria na ocasião 46 milhões de doses de vacinas ao Plano Nacional de Imunização. Mas a interferência do presidente Bolsonaro vetou o acordo.
O diretor do Butantan alegou falta de matéria-prima para não ter cumprido a entrega de vacinas em setembro e apontou burocracia do governo para essa liberação. O calendário poderia ter sido cumprido em agosto, disse Dimas Covas.
O Instituto Butantan se esforçou para dar todas as respostas técnicas ao MS, segundo Covas. Ele apontou que houve um descompasso no entendimento da situação, dúvidas sobre a vacina e sua importância para o combate à pandemia.
De acordo com Dimas Covas, manifestações "pesadas" contra a CoronaVac nas redes sociais dificultaram a velocidade do estudo clínico. Segundo ele, também houve desinformação sobre a eficácia das vacinas, que não pode ser comparada.