A manifestação dos caminhoneiros foi suspensa hoje (10) em Passo Fundo. Na cidade, não há mais concentração e a maioria dos manifestantes foi embora, sendo que as barracas e mercadorias já foram guardadas. No entanto, o movimento afirma que se as solicitações não forem atendidas, as manifestações podem retornar na segunda-feira (13). “Se não acontecer nada a gente volta novamente”, disse o Presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas de Passo Fundo e Região, Flávio Lunelli. Os pedidos considerados imediatos são a saída de Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) e a aprovação do Marco Temporal.
Em relação a carta divulgada ontem (09) por Bolsonaro, Flávio Lunelli considera que foi uma jogada política. “Foi necessário ele colocar panos quentes porque hoje a política está com eles, sabem o que estão fazendo”, disse o representante. Agora, eles aguardam as movimentações e decisões em Brasília para definir o futuro do movimento.
Bloqueios
O Ministério da Infraestrutura (MInfra) divulgou hoje (10), que não há mais pontos de bloqueio de caminhoneiros. "Às 12h30 desta sexta (10), toda a malha rodoviária federal está aberta para o livre fluxo de veículos de carga", disse o comunicado, com informações da Polícia Rodoviária Federal.
Ainda há pontos de concentração com abordagem a caminhoneiros em três estados, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Rondônia. Conforme o MInfra, o número de ocorrências é 70% menor do que o registrado no mesmo período do dia anterior. A tendência é de que as ocorrências sigam em queda ao longo do dia.
Manifestações
A mobilização nacional dos caminhoneiros e produtores rurais começou na quarta-feira (08), como continuação dos atos de 07 de setembro. A expectativa era de que o movimento seguisse até esta sexta-feira (10). Em Passo Fundo, não chegou a ocorrer o bloqueio na rodovia. Municípios como Mato Castelhano, Pontão, Sarandi, Tio Hugo, Ijuí, Getúlio Vargas, Soledade, Santo Ângelo e Erechim também registraram mobilizações.
Ainda na quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pediu às lideranças do movimento que desbloqueassem as vias para evitar desabastecimento e aumento da inflação. A pauta dos caminhoneiros era de apoio ao presidente, ao Marco Temporal e ataques ao Supremo Tribunal Federal.