Fim do silêncio: Bolsonaro diz que vai cumprir a Constituição

Em primeiro pronunciamento após a derrota contra Lula (PT), Jair Bolsonaro afirma que movimentações são consequências do sentimento de indignação sobre o processo eleitoral

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Divulgação/Redes Sociais Divulgação/Redes Sociais
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Permanecendo cerca de 45 horas em silêncio, o presidente Jair Messias Bolsonaro deu seu primeiro pronunciamento após os resultados do 2º turno eleitoral durante a tarde desta terça-feira (01), no Palácio da Alvorada, onde permaneceu nos últimos dias. Sem reconhecer a derrota, Bolsonaro agradeceu o voto de seus eleitores e declarou que as manifestações em rodovias de todo o Brasil são frutos de “indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral”. 

Interpretado por grupos bolsonaristas como um apoio às movimentações atuais, Jair Bolsonaro afirmou que manifestações pacíficas são bem-vindas, no entanto, não podem ser com os mesmos métodos utilizados pela esquerda. “Mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedade, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir”, disse durante o pronunciamento que durou cerca de 2 minutos e 20 segundos.

Comemorando o “surgimento” da direita no país, o presidente destacou que seguem “mais vivos do que nunca”, permanecendo em seus valores e superando uma pandemia e as consequências de uma guerra. “Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Nunca falei em controlar ou censurar a mídia e as redes sociais. Enquanto presidente da República e cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição”, afirmou, dizendo que tem a honra de ser o líder de milhões de brasileiros que, assim como ele, defendem a liberdade e as cores da bandeira. 

Foram contabilizadas "comitivas" dos ministérios de Justiça e Segurança Pública, Ciência e Tecnologia, Educação, Meio Ambiente, Desenvolvimento Regional, Cidadania, Economia, Direitos Humanos, Trabalho, Relações Exteriores, Casa Civil, Agricultura e Saúde. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), também esteve no Alvorada, mas deixou o prédio antes do pronunciamento de Bolsonaro.

Após o pronunciamento de Bolsonaro, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, declarou que nesta quinta-feira (3) será formalizado o nome de Geraldo Alckmin como vice-presidente, que dará início à transição ao novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

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