Milhares de indígenas acampam em Brasília pelo direito à terra

Povos originários criticam agronegócio, mineração e Marco Temporal

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Marciely Tupari: “nossos direitos não são negociáveis” – Foto-Bruno Peres/Agência BrasilMarciely Tupari: “nossos direitos não são negociáveis” – Foto-Bruno Peres/Agência Brasil
Marciely Tupari: “nossos direitos não são negociáveis” – Foto-Bruno Peres/Agência Brasil
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A 21ª edição do Acampamento Terra Livre (ATL) recebe, neste domingo (6), em Brasília, milhares de indígenas de todas as regiões do país em defesa da demarcação dos seus territórios. São esperadas cerca de 10 mil indígenas com previsão de atos e programações entre 7 e 11 de abril. No acampamento, em meio ao comércio do artesanato indígena, o português se mistura com outras das 274 línguas indígenas do Brasil, na maior mobilização anual dos povos originários brasileiros.  

Marco Temporal

Entre as prioridades do movimento neste ano, como nas edições anteriores, está a luta contra o Marco Temporal, tese que diz que apenas os povos indígenas que estavam em seus territórios na promulgação da Constituição, em outubro de 1988, têm direito à demarcação da terra. A coordenadora secretária da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Marciely Tupari, explicou que a expectativa é reverter o cenário atual. “Não fazia sentido a gente estar num espaço para debater os nossos direitos e liberar o nosso território para empreendimentos. Nossos direitos não são negociáveis”, afirmou a liderança.


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