Redação ON
O tema é recorrente. O trânsito de Passo Fundo gera polêmica, discussões e, apesar dos últimos investimentos do governo municipal, segue como um problema sério. Nos horários de pico, alguns trechos ficam intransitáveis. Os proprietários das empresas de transporte coletivo têm se reunido com frequência para discutir a questão. Para encontrar soluções, um amplo debate com a comunidade sobre esse e outros assuntos acontece no dia 14, no plenário da Câmara de Vereadores.
Conforme o presidente do Conselho de Desenvolvimento de Passo Fundo, promotor do evento, Elmar Floss, o fórum faz parte do trabalho de consolidação do planejamento estratégico do município para 2020. "O planejamento está dividido em 15 câmaras setoriais e uma delas é a logística que trabalha a questão do trânsito", destaca.
Ele afirma que discussões parecidas aconteceram no início da década de 1990, porém os investimentos previstos não foram realizados. "A cidade cresceu. Hoje temos o dobro de veículos de há 15 anos atrás e praticamente a mesma estrutura viária. Precisamos discutir o que tem de ser feito em caráter imediato, e principalmente traçar as ações de longo prazo e pressionar para que sejam adotadas", observa.
Para o secretário de Transporte, Mobilidade Urbana e Segurança, Adelar Aguiar, o debate é necessário, já que a população também deve auxiliar o poder público na busca de alternativas para a cidade.
Pista preferencial para ônibus
Em reunião com o prefeito Airton Dipp, representantes das empresas concessionárias do transporte coletivo municipal e de transporte interurbano e o secretário Adelar Aguiar discutiram a necessidade de melhorias para o trânsito dos ônibus na cidade.
A direção da Coleurb e da Transpasso afirmam que os atrasos são constantes e responsáveis por centenas de reclamações dos usuários. Alguns ônibus da Coleurb, revela a assessoria de comunicação, chegam a levar entre 20 a 30 minutos para ir da parado do INSS, na Coronel Chicuta, até a avenida Brasil. O diretor da Transpasso, José de Almeida, salienta que em horários de pico, alguns veículos não conseguem cumprir a rota. "A nossa média é que a cada três viagens uma é cancelada devido a problemas no cumprimento do horário", destaca. Quem perde com isso, segundo Almeida, são os usuários.
Como uma das soluções, as empresas apontam a criação de pistas preferenciais para ônibus na avenida Brasil. A intenção é que elas sejam colocadas entre a Benjamin Constant e a Teixeira Soares, pontos de tráfego mais intenso. Para isso seria necessária a retirada de menos de 150 vagas de estacionamento. "Muitos trechos já não têm mais vagas para estacionamento, como ocorre nas quadras que ficam entre o Teatro Municipal e Bella Città e da frente do Bom Conselho ao Banco do Brasil", lembra Almeida.
A pista preferencial seria diferente de um corredor de ônibus. Nela, haveria possibilidade de os veículos comuns trafegarem, principalmente quando houvesse necessidade de conversões à direita.
Coleurb apresentará pesquisa
A pista preferencial foi levada a sério pela empresa. Uma pesquisa foi realizada com os usuários e será entregue ao poder público até a próxima sexta-feira. Nela, os usuários do transporte coletivo defendem a pista preferencial.
Jornal O Nacional