Bruno Todero/ON
O apreciador do bom e velho leite in natura terá de mudar o hábito e se acostumar com o produto industrializado. Acontece que os riscos que o alimento representa a saúde humana são maiores do que o prazer de ingerir a bebida da forma natural. Pelo menos é o que aponta a Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. O problema estaria nas condições de higiene desde a retirada do leite da vaca, passando pelo transporte, armazenamento e na comercialização. Em geral, todo o processo é feito sem nenhum tipo de controle sanitário, o que pode resultar em problemas sérios a saúde do consumidor.
Em Passo Fundo, a prefeitura anuncia que o dia 28 de fevereiro é a data final para que o produtor se adeque a uma lei federal, que proíbe o comércio do leite cru em todo o país desde 1970. A medida afeta diretamente um grupo de em média 10 agricultores que ainda trazem para a Feira do Produtor as garrafas pet de 2 litros do líquido. Invariavelmente, esses produtores terão de se adequar a legislação e entregar o leite para alguma indústria processadora. Desta forma, o leite será pasteurizado e voltará para a venda em embalagens próprias, inclusive com prazo de validade e informações sobre todo o processo, atendendo as exigências da Anvisa.
Segundo o secretário do Interior de Passo Fundo, Décio Ramos de Lima, o leite não pode ser acondicionado em garrafas reaproveitadas e sim, deverá ser pasteurizado e embalado em vasilhame adequado, bem como seus derivados, como o queijo, nata e manteiga. “É dever do município fiscalizar e controlar a produção, industrialização, distribuição, publicidade de produtos e serviços e o mercado de consumo, no interesse da preservação da vida, da saúde, da segurança, da informação e do bem-estar do consumidor”, destaca Lima.
A matéria completa na edição de ON deste final de semana (30-31)