Há seis meses, Passo Fundo amanhecia de luto

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O dia 13 de agosto de 2009 ficou marcado na história de cinco famílias passo-fundenses. Naquele dia, uma viatura da Brigada Militar se envolveu em um acidente de trânsito matando dois policiais e um civil. Nesta reportagem, conheça a história de um dos PMs que sobreviveu. Ele voltou a vestir a farda há apenas três semanas

Bruno Todero/ON

"Hoje eu só posso agradecer a Deus por estar vivo". Com essa frase, o soldado Diego Menezes Dias, 28 anos, resume o sentimento ao vestir novamente a farda de policial militar, gesto que ele próprio pensou nunca mais poder fazer.
Há exatos seis meses, Dias havia passado a noite e a madrugada de serviço na guarnição da viatura 6198 do Pelotão de Operações Especiais. Estavam com ele os policiais Alan Júnior Micheleto, João Carlos Fiebig e Paulo André Almeida. Por volta das 6h foram chamados até uma residência na vila Ipiranga, onde um homem havia sido ferido por um tiro na perna ao ter a casa alvejada por um criminoso. Os quatro conduziram a vítima do disparo, Derli Luiz Rovadoski, até a viatura, e rumaram em direção ao plantão da Polícia Civil, do outro lado da cidade, para registrar a ocorrência.

Passavam pela avenida Brasil, ao lado do Largo da Literatura, quando o destino dos cinco mudou. Naquele momento, o ponto da leitura se transformava em um local de tristeza e dor. Fiebig e Rovadoski estavam mortos. A viatura havia batido no bico de um ônibus, capotou e jogou os dois passageiros para fora. Almeida, que dirigia a camionete, ficou preso nas ferragens. Mais tarde, porém, já no hospital, não resistiria aos ferimentos.

Micheleto e Dias haviam, por milagre, se salvado. "Eu estava no banco traseiro, atrás do caroneiro (Micheleto). Só me lembro que o ônibus colocou o bico na avenida e a camionete bateu. Só deu tempo de abraçar o fuzil 762 que estava no meio das minhas pernas. A partir daí não lembro de mais nada", conta Dias.

A tragédia interrompia a vida dos três homens. Os outros dois, porém, iniciariam ali uma batalha para voltar um dia a vestir o fardamento. Seis meses se passaram. O acidente continua na cabeça dos dois soldados. Mas eles se recuperaram, voltaram à ativa e hoje procuram trabalhar e honrar a morte dos colegas.

A matéria completa na edição de ON desse final de semana (13-14)

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