Bruno Todero/ON
Com 80 anos, problemas cardíacos, hipertenso e recuperando-se de um AVC (Acidente Vascular Cerebral). Esses seriam motivos para que um aposentado passo-fundense recebesse atendimento diferenciado e preferencial ao procurar pelos serviços de saúde oferecidos pelo município. A própria legislação brasileira, através do Estatuto do Idoso, dá essa garantia ao paciente. Está escrito no artigo 3º, em parágrafo único, que o idoso terá "atendimento preferencial imediato e individualizado, juntos aos órgãos públicos e privados, prestadores de serviços à população".
A lei existe, mas não foi respeitada no Cais Dr. Fragomeni, no Bairro São Cristóvão. Pelo menos é o que diz a filha do idoso, Marli Schell, que procurou a reportagem de O Nacional nesta quinta-feira para denunciar o caso. Segundo ela, o pai, acompanhado de outra filha, Elisete, procurou atendimento médico na manhã do dia 5 de fevereiro, sexta-feira. Chegou perto das 7h, quando as portas do ambulatório ainda estavam fechadas. Havia agendado um horário com um especialista para alguns exames. As portas se abriram e o idoso esperou na fila, ao lado de outros enfermos. Finalmente chegou ao balcão. Elisete pediu que fosse agilizada a consulta, já que o pai encontra-se em estado debilitado e a demora poderia complicar ainda mais sua saúde. A atendente teria respondido que, naquele local, não havia tratamento diferenciado para idosos. Com 80 anos, o aposentado teria de esperar para ser atendido conforme a ordem de chegada. "Seja a hora que for, deveria ter uma fila só para idosos e outra para as outras pessoas. O estatuto é lei e diz que deve haver atendimento preferencial. Está bem claro. Só falta ser respeitado", reclama Marli.
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