Redação ON
A cidade de Ijuí, a 160 quilômetros de Passo Fundo, registrou o primeiro caso de dengue hemorrágica – o nível mais grave da doença - no Estado, confirmado nesta sexta-feira. Trata-se de uma mulher, cuja idade não foi revelada, que foi internada no Hospital da Unimed. Segundo os médicos que a atenderam, ao contrário da maioria dos casos de dengue hemorrágica, a paciente não havia enfrentado a doença anteriormente. Ainda segundo a equipe, a mulher apresenta melhoras e está fora de perigo.
O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), da Secretaria Estadual da Saúde, divulgou também na sexta-feira que Ijuí já registra 345 casos notificados de dengue, desde o dia 22 de fevereiro. Destes, sete foram confirmados.
Já em Passo Fundo, segundo o coordenador da Vigilância Epidemiológica, Edson Mocinho, quatro casos continuam sob suspeita de dengue, todos importados, ou seja, de pacientes que teriam contraída a doença em outra cidade ou Estado. Nos 58 municípios de atuação da 6ª Coordenadoria Regional em Saúde, o número de casos suspeitos sobe para oito.
Os casos
Segundo Mocinho, os quatro casos suspeitos são os seguintes: um homem, natural de Ajuricaba (cidade vizinha a Ijuí), que permanece internado no Hospital São Vicente de Paulo; uma mulher, de Campo Grande – MS, que encontra-se no Hospital Prontoclínica, além de uma criança, de 9 anos, que retornou de viagem ao Piauí, e uma senhora, que viajou para Rio Verde – GO, que já receberam alta.
“Não há focos de larvas”
Perguntado sobre a possibilidade de haver focos de larvas de Aedes Aegypti (mosquito transmissor da dengue) na cidade, Mocinho foi enfático: “Não há focos em Passo Fundo”. Ele explica que uma equipe de agentes percorre a cidade em busca de locais propícios para o aparecimento das larvas, fazendo um trabalho de prevenção.
Um destes locais é o Ecoponto, onde estão depositados dezenas de milhares de pneus usados, alguns a céu aberto. Mocinho reforça que nesses casos são utilizados larvicidas. “O que temos que enfatizar é que, para que Passo Fundo não tenha uma epidemia de dengue, não podemos deixar que o mosquito se desenvolva. Então não podemos deixar água parada em hipótese alguma”, finaliza.