Fechamento das casas de apoio dobra demanda para município

Desde que a lei eleitoral proibiu políticos de manterem casas de apoio (albergues) na cidade, trabalho foi ?EURoeherdado?EUR? pela secretaria de Assistência Social, que avisa: não tem condições de assumir toda a demanda

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Texto: Bruno Todero/ON
Foto: Vagner Guarezi/ON


O fechamento, no início de janeiro, das três casas de apoio instaladas em Passo Fundo pertencentes aos deputados estaduais Giovani Cherini (PDT), Vilson Covatti (PP) e Iradir Pietroski (PTB), provocou um efeito cascata nos serviços de assistência social no município. De uma média diária de atendimentos entre 80 a 100 pessoas, incluindo fornecimento de refeições, hospedagem, roupas ou mesmo auxílio para documentação, a demanda passou para mais de 200 pessoas, aumento superior a 100%. A informação é do secretário de Assistência Social, Adriano José da Silva.

“Com o fechamento das casas de apoio dos deputados, a procura pelos nossos serviços, entre eles o albergue, aumentou significativamente, com certeza mais de 100%. Para se ter uma ideia, nesse período de verão nunca tínhamos lotação máxima, mas desde que as casas foram fechadas, estamos com lotação todos os dias”, afirma Silva.

Para o secretário, o poder público nunca vai conseguir repetir o serviço que era prestado pelas casas de apoio dos deputados. “Essas casas de apoio entram em um vácuo que o Estado não consegue atingir. Se esbarra em uma questão eleitoral ou não, não vou entrar nesse mérito, mas é um serviço necessário, visto que o município não tem condições de atender toda a demanda que as casas dos deputados atendiam”, ressalta.

O secretário revela ainda um problema, enfrentado por muitos pacientes, que traduz exatamente o reflexo do fechamento das casas na cidade. “Antes as pessoas mais carentes vinham de outros municípios em busca de saúde sabendo que não precisariam gastar com hospedagem, já que tinham as casas a disposição. Hoje elas precisam gastar com a hospedagem e ai muitas vezes não sobra dinheiro para a alimentação. Não fosse a Semcas elas estariam desamparadas”, reforça.
Na estimativa de Silva, com as três casas de apoio fechadas, cerca de 200 pessoas, na sua quase totalidade enfermas e oriundas de outros municípios do Estado, deixam de ser hospedadas por dia na cidade.

A matéria completa na edição de ON deste final de semana (27-28)

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