Daniela Wiethölter/ON
O primeiro dia de aula na rede estadual de ensino expôs o grave problema da falta de professores nas principais escolas de Passo Fundo. Com dezenas de períodos vagos, escolas como o Fagundes dos Reis e liberaram diversas turmas mais cedo nesta segunda-feira (01). O diretor da escola Adelino Pereira Simões, localizada no bairro Nonoai, Ruben Luft, explicou que a ampliação da carga-horária de 20 para 25 períodos semanais causou a falta de professores em mais de 80 períodos, especialmente nas disciplinas de matemática, história, geografia, ciências e artes. Outra disciplina que também houve carência de professor foi de Língua Espanhola, que foi incluída pela primeira vez no currículo do 3º ano no Ensino Médio. O diretor alerta que nestes primeiros dias a escola, com a colaboração dos professores, vai ampliar o tempo das aulas para não liberar mais cedo os alunos. “Mas esta medida não poderá ser estendida por mais de uma semana. Tudo tem um limite”, disse.
O mesmo problema também aconteceu na Escola Fagundes dos Reis, porém, segundo a diretora, Jucenia Teresinha Albrecht, muito mais grave. “Tivemos que reunir várias turmas no auditório e liberar outras mais cedo” conta a diretora. No total, são mais de 170 períodos sem professores. No turno da manhã, concentra-se a maior deficiência, onde faltam professores para atender 18 períodos de biologia, 14 de física, quatro de língua espanhola, dez de língua inglesa, 28 de matemática e 16 de química. Além da falta de professores, a escola possui somente um intérprete para atender dez alunos surdos matriculados em diferentes séries. “Os pais se revoltam ao ver o filho sem o intérprete. É um direito deles, mas a solução não está nas nossas mãos”, explica a diretora que informa que seriam necessários mais cinco profissionais.
A matéria completa na edição de ON desta terça-feira (02)