Redação ON
Passo Fundo possui em torno de 40 postos de combustíveis com loja de conveniência em anexo. Cinco funcionam 24 horas. Quem mora nas proximidades de uma destas sabe: é difícil transitar, e quase impossível dormir durante as noites, principalmente entre quinta-feira e sábado. Carros com som em volume absurdo. Algazarra. Buzinaço. Bebidas liberadas. Tudo isso não é nenhuma novidade. Fazem pelo menos três anos que a polêmica do funcionamento deste serviço existe no município.
A situação mudou de foco quando uma vida foi perdida dentro de um destes estabelecimentos. Na madrugada da última quarta-feira (10), um jovem de 22 anos foi assassinado com três tiros no banheiro do posto. Havia dezenas de pessoas no local. A Polícia Civil ainda investiga o crime, mas tudo indica que uma rixa antiga entre o agressor e a vítima tenha sido o motivador. Esquecendo das circunstâncias, o crime reacendeu o debate acerca de quem é a responsabilidade pela fiscalização destes locais. Também serviu para levantar o questionamento sobre qual é a verdadeira finalidade de uma loja de conveniência?
A resposta vem do Judiciário. "O objetivo inicial das lojas de conveniência, quando estas foram criadas, era o de fornecer determinados produtos em horários nos quais o comércio estava fechado", assinala o promotor de Justiça Paulo da Silva Cirne. Ele afirma, porém, que esta finalidade, que muito serviu para a população quando do lançamento do serviço há mais de dez anos, foi totalmente deturpada. "Ao longo do tempo estas lojas viraram verdadeiros bares a céu aberto, juntando pessoas e veículos sem as mínimas condições de segurança e de isolamento acústico", avalia o promotor.
A matéria completa na edição de ON deste final de semana (06-07)