"Tive certeza de que ia morrer"

Afirmação é do médico Julio Stobbe, vice-diretor clínico do Hospital São Vicente, que vivenciou o abalo sísmico ocorrido no Chile, na semana passada

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Glenda Mendes/ON

Uma viagem de estudo que parecia ser tranquila e rápida acabou se transformando em uma experiência nova, de muito medo, e uma aventura para poder retornar para casa. Foi essa a vivência do médico Julio Stobbe, vice-diretor clínico do Hospital São Vicente de Paulo, que foi participar de um encontro no Chile, nos dias 27 e 28 de fevereiro.

A viagem começou na quinta-feira, dia 25, à noite, quando ele foi para Porto Alegre, onde passou a noite. Na manhã seguinte tomou o avião para Santiago do Chile. A previsão era estar de volta a Passo Fundo na noite do domingo, dia 28, mas algo inesperado aconteceu e transformou a viagem em uma grande e apavorante aventura.

O que era para ser uma noite tranquila no hotel acabou sendo o cenário de um terremoto. "Era por volta de 3 e meia da manhã e estava tudo tranquilo até então. Eu havia chegado em Santiago por volta das 16h de sexta-feira e naquele momento estava no quarto do hotel. Acordei no meio da noite, me levantei e senti um pequeno abalo. Inicialmente pensei que, como Santiago está em uma área de instabilidade, que se tratava de um pequeno abalo sem grandes repercussões. Mas a partir daí, a intensidade foi aumentando. Começaram a cair lustres, quebrar vidros, cair parte do gesso, cair televisor e os movimentos sísmicos aumentando com uma intensidade incrível. Então faltou luz e a gente via, atrás das colinas, ao longe, clarões, como se fossem explosões e então não se sabia se era uma erupção vulcânica ou algo parecido. Depois que soubemos que eram os fios de alta tensão que se chocavam por causa do abalo", conta Stobbe.

A matéria completa na edição de ON deste final de semana (06-07)

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