República dos Coqueiros está de luto

Morreu, no sábado, aos 66 anos o jornalista Argeu Santarém. Autor de polêmicas colunas como o Foca e a Coluna do Santa, publicadas por ON, ele também é autor do livro de crônicas a República dos Coqueiros.

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Zulmara Colussi/ON

A República dos Coqueiros está de luto. O corpo do jornalista Argeu Santarém foi sepultado, ontem à tarde, no cemitério municipal de Marau. O jornalista e ex-vereador de Passo Fundo morreu na tarde de sábado, no Hospital Prontoclínica, onde estava internado havia uma semana. Argeu Santarém era jornalista. Mais do que isso, foi combativo, audacioso e dono de um texto de dar inveja a qualquer profissional da área. Iniciou sua carreira na comunicação como narrador esportivo, na Rádio Alvorada de Marau. Natural daquele município, filho de Ildo e Helena Rigo Santarém. Argeu havia completado 66 anos no dia 12 de fevereiro. Estava aposentado, mas não deixou de escrever. Colaborava em O Nacional, com a coluna do Santa, publicada sempre na edição de final de semana.

Santarém também narrou jogos pelas rádios de Ijuí, Erechim, Livramento e, em Passo Fundo, na antiga e já extinta Municipal e ex-rádio Passo Fundo. Iniciou no jornalismo propriamente dito, em 1968, no Jornal Diário da Manhã. Na década de 70, começou a trabalhar em O Nacional, onde se manteve por quase todos estes anos, ou como repórter, ou como colaborador. Chegou a chefiar a redação de ON em algumas oportunidades. Ficou conhecido por suas crônicas picantes, recheadas de fatos políticos. Era um crítico e fazia denúncias de corrupção. No período da ditadura, por conta, de denúncias, foi chamado diversas vezes pelo regime militar a dar explicações. Foi correspondente de Zero Hora, fez trabalhos para o Jornal do Brasil, foi assessor parlamentar e também atuou na assessoria de imprensa do Palácio Piratini.

Escreveu um divertido livro de crônicas, chamado de A República dos Coqueiros, um referência aos coqueiros existentes nos canteiros centrais da General Neto, em frente a Catedral Nossa Senhora Aparecida. As crônicas, todas tinham origem em acontecimentos reais e que re percutiam no Bar Oasis, do qual era um freqüentador assíduo.

“Ele era um profissional coerente e crítico. Era um amigo conservador quando o assunto era amizade e tinha uma capacidade extraordinária de transcrever com fidelidade as informações que lhes eram passadas. Jornalista nato, e leal politicamente”, descreveu Paulo Magro, atual secretário da administração.  Foi autor das colunas O Foca e atualmente a Coluna do Santa. Também editou o jornal alternativo Ronda.

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