Daniela Wiethölter/ON
A poucos dias de completar o primeiro mês de aulas na rede estadual de ensino, o grave problema da falta de professores ainda não foi resolvido pela Secretaria da Educação. Diante do problema, o 7º Núcleo do Cpers iniciou um levantamento em todas as escolas estaduais do município, que inicialmente já aponta um déficit de mais de 600 períodos sem professores. O assunto já foi relatado em reportagem de ON, publicada no dia 1º de março, quando diretores das principais escolas no município denunciaram o problema. Na ocasião, a escola Fagundes dos Reis, tinha um déficit de 170 horas aula sem professores. Passados um mês, o problema continua e atualmente a escola ainda precisa de mais de cem períodos e aula.
Segundo o tesoureiro do 7º Núcleo do Cpers, Orlando Marcelino da Silva Filho, o relatório ainda não foi concluído, faltando ainda informações de algumas escolas da cidade. Porém, até o momento a demanda é maior para atender as disciplinas de matemática, física, química, português, inglês e espanhol. O tesoureiro relata que a falta de professores no início do ano letivo é considerada normal, porém nunca se levou tanto tempo para contornar o problema. "Neste ano, o que agravou mesmo foi o aumento da carga horária nas escolas, realizado pelo governo sem planejamento", afirma. Outro problema relatado foi o grande número de aposentadorias. Segundo Silva, a perda é de aproximadamente 10% do quadro por ano, que somada a não realização de concursos públicos desde 2005, reduziu drasticamente o número de professores em sala de aula. "Provavelmente esse problema deve prosseguir até o final de ano, pois devido à Lei eleitoral não é possível realizar concurso público antes das eleições", afirma.
A matéria completa na edição de ON desta terça-feira (30)