Redação ON
A maioria dos cobradores e motoristas da Coleurb que compareceu à assembleia geral ontem rejeitou a proposta salarial da empresa. Com isso ficou aprovado o estado de greve e paralisações. A primeira está marcada para quinta-feira, dia 8, às 6h.
Os trabalhadores querem obedecer à Lei da Greve e algumas determinações do Ministério do Trabalho, evitando complicações judiciais e prejuízos à população em função das paralisações. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Passo Fundo, Gilberto Godoi Boeira, explica que ontem foram realizadas duas chamadas, uma pela manhã e outra à tarde. Dos 480 trabalhadores, comparecem e votaram 269. Um total de 202 aceitou a greve e rejeitaram a proposta salarial, outros 62 votaram sim pelo índice oferecido pela Coleurb e cinco votaram nulo. Não foram registrados votos brancos. "Diante disso, a partir de segunda-feira (5) vamos comunicar oficialmente a empresa, o ministério e a comunidade", explicou ele. Além disso, outra reunião será feita no início da semana para estabelecer as diretrizes da greve.
A paralisação deve acontecer de forma pacífica, em frente aos portões da Coleurb, sem qualquer tipo de protesto. Há a exigência de que em horários de pico 70% dos funcionários devem estar trabalhando; nos demais períodos, metade dos trabalhadores e carros devem estar atuando. Isso para não prejudicar mais de um milhão de pessoas que passam pelos ônibus por mês. "Vamos apenas cruzar os braços em frente aos portões e ficar lá, não vamos impedir quem quiser trabalhar de atuar", garante Gilberto. O índice oferecido pela Coleurb foi de 4,6% e mais a cesta básica.
