Daniela Wiethölter/ON
Pela segunda vez, Passo Fundo perdeu a chance de desenvolver um projeto turístico no Parque da Roselândia. Com o apoio do deputado Beto Albuquerque (PSB), que garantiu duas emendas de quase R$ 2 milhões, o projeto do parque de águas termais parece ter afundado.
A última emenda do deputado, que totalizava R$ 975 mil, foi devolvida aos cofres da União em dezembro. A justificativa, por parte do município, é de que o projeto não recebeu o apoio de empresários e que não era possível para a prefeitura fazer os investimentos. Segundo o diretor presidente da Funzoctur, Antonio Reveilleau, não houve negligência da prefeitura ao devolver os recursos, e sim a falta de interesse de empresários para investir no balneário. "O município não tem essa vocação, isso é um investimento que deveria ser feito pela iniciativa privada, que poderia explorar esses balneários". A ideia do município era disponibilizar a água termal e a infraestrutura básica e as empresas ficariam responsáveis pelo complexo hoteleiro e de serviços.
Reveilleau afirma que a prefeitura ainda tem interesse em investir no projeto, porém somente com a garantia e parceria de empresários. "Depositamos ainda muita esperança nesse projeto, porque Passo Fundo tem potencial para o turismo, mas necessariamente precisamos dessa articulação com a iniciativa privada. Segundo ele, em média, o orçamento municipal é de R$ 10 milhões ao ano, valor que quase totaliza o projeto global do parque de águas. "Seria uma incoerência investirmos sozinhos nesse projeto", explica.
O deputado Beto Albuquerque lamentou a devolução dos recursos. "Perder quase R$ 2 milhões por não ter sido usados é um verdadeiro desperdício. Eu poderia ter buscado recursos para tantas outras demandas na cidade". No entanto, o deputado afirma que ainda acredita no potencial do projeto e afirmou que enquanto não houver um debate mais específico para o assunto não buscará mais recursos.