Raquel Vieira/ ON
A greve dos motoristas e cobradores da Coleurb entra nesta segunda-feira no seu quinto dia. No final de semana, os passageiros sentiram na pele a ausência da frota em circulação. Ontem à tarde o aposentado João de David, que precisava vir da Petrópolis para o Centro, ficou aproximadamente 40 minutos esperando um ônibus. Normalmente ele espera dez minutos. Os inscritos no concurso do Tribunal Regional Federal que fizeram a prova no colégio Fagundes dos Reis precisaram esperar quase uma hora na parada até encontrar transporte para o centro ou outros locais da cidade. Isso é fruto da redução de 50% dos carros que transitam pelas ruas de Passo Fundo. No sábado, 25 ônibus circularam e ontem apenas 15. O déficit de veículos não foi sentido da mesma forma durante a semana passada. Quinta e sexta-feira, 42 carros circularam e quase não houve acumulo de passageiros nas paradas de ônibus.
Expectativa
O presidente do Sindicato do Transporte Rodoviário, Gilberto Boeira, diz que no final de semana o número de carros colocados nas ruas foi o combinado com o Ministério Público do Trabalho. Metade da frota em todos os horários. Ele explica que a categoria permanece unida, mas tem esperança que a greve termine ainda hoje com uma proposta salarial da empresa. O fato é que às 16h o MPT vai reunir a direção da Coleurb e o Sindicato. Conforme o MPT, o objetivo é fazer uma avaliação do movimento que começou na quinta-feira da semana passada e solicitar o cumprimento do acordo feito anteriormente, evitando que os passageiros sejam ainda mais prejudicados com a greve.
Porém, para os trabalhadores, é possível que a Coleurb apresente uma nova proposta salarial saindo dos 4,6% de reajuste e se aproximando dos 7%, mais os R$ 100 para vale-alimentação. Na quinta-feira, durante entrevista coletiva, a diretora da empresa Marineusa Machado disse que a Coleurb está no seu limite financeiro e que não tem como aumentar a proposta salarial.
Depois da reunião com o Ministério Público do Trabalho, o Sindicato pretende reunir os trabalhadores para traçar os novos rumos da greve.
Final de semana marcado pela falta de ônibus
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