Raquel Vieira/ON
Quase três horas de reunião para apenas disciplinar o movimento de greve. Negociação, nenhuma. Assim foi a audiência ontem entre Ministério Público do Trabalho, Coleurb e sindicatos dos motoristas e cobradores. A greve se mantém, com 50% dos trabalhadores atuando e 42 ônibus circulando em três turnos. Uma audiência de conciliação acontece junto ao Tribunal Regional do Trabalho, em Porto Alegre, na quinta-feira. Essa reunião pode marcar o início das negociações e a avaliação se a movimentação de greve é legal ou ilegal. Durante toda a atividade no MPT, muitos trabalhadores ficaram em frente ao Ministério. Antes disso eles fizeram uma caminhada pela avenida Brasil, com bandeiras do sindicato e gritos de união da categoria.
Um dos assuntos que pautou o encontro foi a tentativa dos trabalhadores de reduzir o índice veículos circulando, baixando de 50% para 30%. A sugestão não foi aceita pelo MPT e se houver redução, isso extrapola o acordo formalizado ainda na semana passado. Além disso, foi ponto de divergência o atraso na liberação dos carros na garagem da empresa. Os grevistas reclamam que precisam das planilhas com escalas antecipadamente e a empresa diz que muitas vezes não existe trabalhador suficiente, suprindo o índice estabelecido.
Estabilidade ainda não
O Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário solicitou ao MPT a estabilidade dos grevistas, em até 120 dias. Outra solicitação foi de que os dias paralisados não sejam descontados. Conforme o promotor do trabalho, Bernardo Mata Schuch, isso não consta no dissídio inicialmente protocolado, mas pode ser debatido junto ao Tribunal Regional do Trabalho.
A matéria completa na edição de ON desta terça-feira (13)