Texto e foto: Glenda Mendes/ON
O déficit hídrico em Passo Fundo já chega aos 30 milímetros em relação a igual período do ano passado. Mas convém lembrar que em 2009 o período foi de estiagem. Dessa forma, pode-se avaliar que a situação está ainda mais perigosa atualmente. Enquanto no ano passado, entre janeiro, fevereiro, março e abril foram registrados 326,3 milímetros, em igual período deste ano o volume ficou em 298 milímetros.
Segundo Ivegndonei Sampaio, observador da Estação Meteorológica da Embrapa Trigo, a última chuva foi registrada em 27 de março, quando choveu 18 milímetros. “Portanto, estamos há 20 dias sem chuvas”, alerta Sampaio. A falta de chuvas decorre do predomínio de uma massa de ar seco que está estagnada na região desde esta data. “Isso faz com que a baixa umidade relativa do ar, associada ao ar seco, levem a não existência de condições meteorológicas de formação de nuvens de chuva”, explica Sampaio.
As condições climáticas, dessa forma, favorecem a evapotranspiração do solo e a evaporação da água pelo ar. “Assim, perda de umidade também é grande. A cerca de 40 cm do solo não tem mais água, não tem mais umidade, por isso que principalmente a produção de leite vem tendo perdas”, comenta o observador.
Além do leite, estão prejudicados o plantio de canola, que está atrasado, de aveia e pastagem, que não podem ser plantados pela falta umidade do solo. De acordo com Sampaio, para a quinta-feira existia a previsão de 2 milímetros de precipitação. “A umidade relativa do ar aumentou um pouco à tarde, mas não se pode falar em volume de chuva, porque 2 milímetros evaporam para atmosfera antes mesmo de chegar ao solo”, completa.
A matéria completa na edição de ON desta sexta-feira (16)