Texto e foto: Glenda Mendes/ON
Se comparado com épocas de chuvas normais, o período que compreende os meses de janeiro, fevereiro, março e abril é de déficit hídrico, beirando os 180 milímetros. "Nós viemos de um período de poucas chuvas, de déficit hídrico, de janeiro para cá. Em todos esses meses nós tivemos um déficit de 180 milímetros, em média, se comparado aos anos de chuvas normais", salienta Aldomir Santi, engenheiro da Corsan.
De acordo com ele, a barragem da Fazenda da Brigada está 1,5 metro abaixo do nível máximo. "Se formos comparar com ano passado, na mesma época, estava 3,25 metros abaixo. Temos uma situação bem melhor este ano. E a barragem do Miranda está cheia, nem extravasando por cima e nem abaixo do nível, está com a capacidade máxima, mas se continuar a estiagem, ela vai baixar, e rápido, porque cada dia que passa a situação piora", destaca Santi.
Dessa forma, a palavra de ordem volta a ser "economizar". Para o engenheiro, além de épocas de chuva, usar a água de forma racional deve ser meta do dia a dia, "e é lógico que em épocas de pouca chuva, como esta, ainda mais se a estiagem se prolongar para depois do feriado, a dica vale ainda mais, principalmente porque o mês de maio é característico de pouca chuva", ressalta o engenheiro.
Para voltar à situação considerada ideal, segundo Santi, seriam preciso chuvas seguidas, de intensidade moderada, "não adianta vir chuva de bastante volume e rápidas, porque os terrenos estão muito secos. Então uma chuva de 30, 40 milímetros, mas muito rápida, acaba fazendo com que a água escorra pela superfície, sem que penetre, o que não colabora para melhorar a situação", alerta.
A matéria completa na edição de ON desta segunda-feira (19)