Redação ON
Instaladas no início deste mês, as sinaleiras localizadas em cruzamentos da rua Uruguai com as ruas Fagundes dos Reis e Benjamin Constant permaneceram estáticas até a semana passada, mas já deram o que falar entre os motoristas passo-fundenses desde sua controversa aparição. Em funcionamento desde a tarde da última sexta-feira, 16, os semáforos têm gerado polêmica e ferrenhos questionamentos a respeito de sua necessidade - uma história que tem tudo para ser parecida com o recente caso da mudança de sentido de um trecho da Moron. Localizado próximo ao Colégio Marista Conceição, onde a própria instituição tem tomado medidas para desafogar o trânsito na região, o semáforo visa "proporcionar mais segurança para motoristas e pedestres", como explica o próprio secretário de Mobilidade Urbana, Adelar Aguiar.
Alguns metros antes, no cruzamento da Uruguai com a Benjamin Constant, a sinaleira instalada tem a clara função de reduzir o risco de acidentes no local, já que a região próxima ao Clube Recreativo Juvenil é uma das que mais registra ocorrências de trânsito por conta da velocidade dos motoristas. A mudança acompanha outras transformações nas redondezas, entre elas a pavimentação asfáltica da rua Benjamin Constant. "O asfaltamento do trecho final foi importante para reduzir o fluxo da Uruguai", avalia o vereador José Eurides. Nas próximas semanas serão colocados redutores de velocidade no local - o que gera um novo capítulo na polêmica, agora em função do limite de 50km/h, repreendido pelo vereador por ser alto, enquanto é defendido por Aguiar em função do próprio semáforo. "Não poderíamos ter limite de 50km/h no semáforo e 30km/h logo abaixo", esclarece o secretário.
Não bastasse isso, ainda há divergências a respeito da colocação de ambas sinaleiras por causa do aclive das ruas. Para Eurides, a alteração não obedece a uma recomendação da engenharia de trânsito, que orienta a não instalação de semáforos em vias que possuem mais de 9% de aclive - o que representa 90cm de diferença de nível a cada dez metros - sob pena de dificultar o arranque de veículos pesados. No caso da subida da Fagundes, o aclive é de aproximadamente 15%. Mas Adelar devolve: "Não nos foi apresentada nenhuma indicação negativa quanto à colocação do semáforo naquele local. Isto que o vereador fala é uma indicação, não uma proibição", insiste. Com tantas polêmicas envolvendo a modificação, o secretário deixa claro que haverá um período de teste. "Vamos fazer o monitoramento no local por 60 dias e, se houve a análise de que não atingimos resultados positivos, podemos rever a medida", conclui.