Daniela Wiethölter/ON
Na primeira reunião do ano, o Conselho Municipal de Saúde desaprovou o Plano Municipal de Saúde entregue no final de março pela Prefeitura. O documento deveria apontar os caminhos que o Poder Público iria tomar pelo próximo triênio (2010/2013). Segundo a resolução dos conselheiros, o documento apresentado é uma simples cópia do documento anterior, que foi elaborado em 2005.
Para o coordenador do Conselho, Rosemar Stefenon, que assumiu o órgão em janeiro deste ano, o procedimento de devolução do documento é considerado normal, apesar da cópia do plano anterior. “Muitas informações de 2005 continuam válidas, porém existem outras que precisam ser atualizadas”, disse. Um dos exemplos citados pelo coordenador, é referente a mortalidade infantil do município, que em 2005 estava acima de 20 óbitos por mil habitantes e atualmente está abaixo de 10. “Com esta diferença, acreditamos que as ações também devem ser diferentes para os próximos anos. A aprovação do plano não passaria pela plenária desta forma”, explica Stefenon.
A secretaria municipal de saúde recebeu o documento no início da semana e segundo o secretário, Alberi Grando, as sugestões do Conselho foram já estão sendo avaliadas pela equipe técnica da secretaria. Para o Grando, a secretaria considera positivas as sugestões do conselho. “Consideramos positivo este retorno, pois finalmente o Conselho está participando do processo”, relatou.
Porém, o secretário afirmou que não será elaborado um novo Plano. “O Plano não precisa ser refeito, pois as doenças prevalentes são sempre as mesmas, assim como as causas de mortalidade também não mudam, algumas coisas se modificam, como a gripe A e a dengue, que não existiam e que precisam ser atualizadas, mas não totalmente”, argumentou. A prefeitura tem agora até a metade de março para refazer o plano com as alterações requisitadas.