Daniela Wiethölter/ON
Meses de espera, filas para exames e consultas, demora no atendimento e burocracia. Esses são alguns dos problemas enfrentados pelos usuários do SUS (Sistema Único de Saúde). Na outra ponta, o município, que, com poucos recursos, precisa fazer milagres todos os meses para atender aos pacientes que precisam de consulta médica. O problema é muitos usuários que passaram trabalho para conseguir uma consulta com o especialista acabam não comparecendo. Outra dificuldade são os exames que acabam amontoados nas unidades de saúde porque os pacientes esquecem de buscar os resultados.
Segundo um levantamento da Secretaria de Saúde, essa é uma prática muito comum entre os usuários do SUS em Passo Fundo. Cerca de 5% que conseguem marcar o atendimento acabam faltando. No inverno, as ausências chegam a 10%, especialmente entre os idosos.
Os mais prejudicados são outros pacientes que aguardam na fila. De acordo com a coordenadora de Recuperação e Saúde da Secretaria de Saúde, Jaceline Lacourt de Souza, as faltas dos usuários às consultas e exames especializados provocam um desequilíbrio na oferta desses atendimentos. "Essa situação provoca má utilização da oferta e um aumento da demanda. Além disso, gera prejuízos à saúde daqueles que realmente necessitam de atendimento, que precisam aguardar na fila", comenta.
No Cais Petrópolis, onde são realizadas consultas com médicos da rede municipal, como clínico geral, odontologia, nutricionista, urologia, ginecologia e pediatria, as ausências também são comuns. Somente na semana passada, quando foram disponibilizadas 12 fichas para atendimento com urologista, quatro pacientes faltaram à consulta e seis mulheres que solicitaram colocação de dispositivo intrauterino não compareceram no horário agendado.
A matéria completa na edição de ON desta sexta-feira (07)