Leonardo Andreoli/ON
Não basta a difícil luta contra o câncer, muitas pessoas ao se verem desoladas com o anúncio da doença ainda encontram um novo dilema: onde ficar durante o tratamento. Entre cirurgias, quimioterapias, radioterapias e consultas de revisão, quem vem a Passo Fundo muitas vezes não sabe que pode contar com uma ajuda especializada. O CACC (Centro de Atendimento à Criança com Câncer) tem espaço para receber até 33 pessoas com acompanhante por dia. A lotação da casa, mantida pela Liga Feminina de Combate ao Câncer, depende de doações da comunidade para poder atender a essa demanda.
A liga que antes recebia na casa somente crianças, pretende agora superar um novo desafio. O atendimento a adultos que vem de outras cidades e que não tem onde ficar durante o tratamento é uma das propostas. Para isso é necessária a colaboração de pessoas e empresas para garantir os recursos que viabilizem essa assistência. A presidente da liga, Neli Formighieri, destaca que a maior dificuldade da casa é não ter uma renda fixa. "Os recursos para manter o CACC são conseguidos por meio de doações e das promoções que organizamos", explica. A casa tem apenas uma funcionária remunerada, todas as outras pessoas que trabalham no local são voluntárias. Além da presidente, a atual diretoria da liga é composta pela vice-presidente, Ana Maria Coracini, e pela diretora do CACC, Lair Müller.
Manutenção
O estoque de alimentos é um dos mais aspectos mais fragilizados atualmente. Para assegurar a alimentação de quem precisa de estadia, os assistidos tiveram a diminuição nas sacolas de mantimentos que levavam para casa. Alguns produtos já não são mais disponibilizados e a frequência passou de quinzenal para mensal. Com a lotação baixa, a casa necessita de aproximadamente R$ 5 mil para se manter mensalmente, sem contar os alimentos doados. "Temos estrutura aqui para receber 33 pessoas com acompanhante. Assumimos agora a presidência da Liga e estamos solicitando para a comunidade que colabore. Se tivermos suporte podemos fazer uma divulgação maior e encher a casa. Agora se não temos suporte vamos buscar onde? A casa pode encher, mas temos que dar comida e não podemos cobrar", justifica Formighieri. Atualmente estão cadastrados cerca de 70 assistidos.
Um pouco de cada um
As pessoas podem colaborar com o CAAC de diversas formas: em dinheiro por meio de depósito bancário (ver lista de contas), doação de alimentos e de roupas em bom estado para serem revendidas no brechó da casa e também doando notas e cupons fiscais. "A liga está incluída no programa A Nota é Minha e esse é um recurso que recebemos sempre. As pessoas podem trazer as notas aqui e vão receber o cupom que dá direito ao sorteio de prêmios", explica a presidente da entidade.
Neste sábado acontece o tradicional Jantar das Mimosas. O grupo de mulheres realiza todos os anos um jantar cuja renda é revertida a uma entidade assistencial. Nesse ano a liga foi a escolhida. "Tudo que vier também é uma forma de desafogo para nós. Quando dizemos que estamos com dificuldade financeira não significa que vamos fechar, mas sim que queremos ampliar o atendimento. Por isso pedimos socorro à comunidade", conclui a presidente.
Aniversário da liga
No próximo dia 30, a Liga Feminina de Combate ao Câncer comemora 35 anos. Para marcar a data e aumentar a arrecadação, o grupo realizará um happy hour. Outras informações sobre os serviços prestados pelo CACC e outras formas de colaborar com a instituição podem ser obtidas pelo telefone 3045 4560.
Para colaborar com a Liga Feminina de Combate ao Câncer
Banrisul
Agência: 310
Conta: 06.1043830-3
Caixa Econômica Federal
Agência: 1593
Conta: 268-5
Banco do Brasil
Agência: 0092
Conta: 12469
Ampliação de atendimento do CACC depende de mais recursos
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