Redação ON
O oftalmologista é o responsável por estudar, diagnosticar e tratar das doenças e lesões do olho. Esta foi um dos primeiros ramos da medicina que começou a ser tratado como especialidade independente. Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) no Brasil existem cerca de 15 mil profissionais que atuam nesta área. Um relatório editado em 2009 pelo CBO apontou que a cada ano cerca de 480 novos médicos oftalmologistas entram no mercado de trabalho brasileiro.
O oftalmologista Gilberto Padilha Vargas é formado há 25 anos e está na especialidade há 17. Trabalhou durante oito anos na saúde pública e sentia que a área de oftalmologia estava carente na época. “É uma profissão muito nobre, porque a visão é o mais importante dos sentidos. É através dela que as pessoas se relacionam com o mundo”, contou Vargas.
Vargas conta que a oftalmologia evoluiu muito nos últimos anos e hoje ele atua nas cirurgias de catarata e refrativa (miopia, astigmatismo, entre outras). A Cirurgia refrativa serve para curar o grau de visão das pessoas. “É para aquelas pessoas que usam óculos e querem deixar de usá-lo”, explicou o oftalmologista.
O oftalmologista disse que atualmente uma das principais dificuldades relacionadas a visão é a presbiopia conhecida como vista cansada.
O oftalmologista Paulo Silber formado há 15 anos pela UFRGS, especialista em córnea e catarata e que está cursando doutorado em superfície ocular pela Universidade Federal de São Paulo também falou sobre as gratificações e dificuldades na profissão. “É uma profissão desgastante, mas ao mesmo tempo gratifica pelos benefícios que ela traz aos pacientes”, disse.
Doenças e prevenção:
Silber disse que para as doenças infecciosas como a conjuntivite, as pessoas precisam lavar as mãos seguidamente e evitar contato com os olhos com as mãos sujas. Os sintomas são vermelhidão, secreção, sensação de um corpo estranho no olho, inchaço nas pálpebras. Nos casos das doenças relacionadas aos erros refracionais, os sintomas mais comuns são cansaço visual e diminuição da visão. Em relação a catarata, o oftalmologista explicou que ocorre um embasamento da visão, principalmente para longe, diminuição de contraste das cores. Outra doença citada foi a ceratocone que é a maior causa de transplante de córneas e atinge principalmente os jovens. Caracteriza-se por um aumento progressivo do grau de miopia e astigmatismo. “Muitas vezes, estes pacientes não melhoram com os óculos e o tratamento passa a ser com lentes semirigidas ou procedimentos cirúrgicos, como o anel intraestromal ou transplante de córnea, que é o único procedimento curativo”, explicou Silber.