?"rfãos de mãe

Aquele abraço apertado que costumamos dar nas mães no segundo domingo do mês de maio fará falta para os seis filhos de Lucimar Santos de Oliveira, de 32 anos, ferida com um tiro na boca no dia 22 de abril e que provocou a morte dela nove dias depois

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Redação ON
Foto: Natália Fávero/especial ON


O dia 22 de abril de 2010 jamais será esquecido pelos filhos de Lucimar. A mãe levou um tiro na boca do ex-companheiro e nove dias depois morreu. Restou o vazio para as duas meninas e os quatro meninos. A mais velha tem 16 anos e os dois últimos filhos são gêmeos com sete meses de idade. O acusado é o ex-marido de 21 anos, pai dos gêmeos. Lucimar ficou internada durante nove dias no Hospital São Vicente de Paulo e morreu no dia 1º de maio.

Tristeza. Essa é a palavra que pode resumir os sentimentos dessas seis crianças e adolescentes que ficaram órfãos de mãe. Quatro dos seis filhos da vítima moravam na mesma casa que o casal, além de uma irmã de Lucimar que é deficiente.
Todos eles estavam em casa. Os dois filhos adolescentes presenciaram o crime. "Lembro que ele dizia que tinha matado a minha mãe. Quando entrei no quarto vi a minha mãe cheia de sangue em cima da cama. Ela era uma mãe muito boa e eu nunca vou esquecer dela", contou o adolescente de 15 anos. O filho de 14 anos que presenciou a mesma cena prefere esquecer aquele dia. "É uma situação que eu não quero lembrar. Depois que ela morreu sonho muito com ela. Estou com saudade", contou ele. A filha mais velha só pede uma coisa: justiça. "Ele tinha ciúme até dos filhos. Quando virávamos as costas, ele batia nela. Ele ameaçava meus irmãos com uma arma. Queremos justiça", disse a adolescente de 16 anos.
Lucimar enfrentava um problema em que muitas mulheres acabam sendo vítimas: a violência doméstica. Apesar de os filhos e familiares pedirem para que ela se afastasse do companheiro, o medo falava mais alto. O desfecho desse relacionamento acabou da pior forma.

A vítima não trabalhava. Vivia para os filhos e para as tarefas domésticas. Estava com o atual companheiro há dois anos. A irmã dela disse que os maus tratos eram constantes. "Esses dois anos que ela viveu com ele, a minha irmã só sofreu. Ela ia defender os filhos e apanhava. Tudo era motivo para ele bater nela. Ela baixava a cabeça e só sabia chorar. Lucimar estava cheia de hematomas quando morreu", comentou a irmã de Lucimar, Jocemar Santos de Oliveira. A tia das crianças também pede justiça para o caso. "Ele disse que foi um acidente, mas como que a arma foi parar na boca. Ele está solto. Queremos justiça", falou Jocemar.

A matéria completa na edição de ON deste final de semana

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