Sacrifício pela saúde

Além de enfrentar problemas de saúde, a população precisa suportar uma madrugada gelada e ao relento para conseguir uma ficha para consulta com especialistas nos Cais

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Redação ON
Foto: Natália Fávero/Especial ON

A formação de fila nos Cais é alvo de reclamações da população. Nessa semana foram registradas algumas pessoas enroladas em cobertores em frente ao Cais da Petrópolis esperando por uma ficha para a especialidade de neurologista.
A doméstica Marisa da Silva Santos teve de ficar 18 horas na fila, entre quarta e quinta-feira, para conseguir uma ficha para a mãe dela. Ela foi a primeira da fila. Para enfrentar o frio da madrugada, levou um cobertor. "A minha mãe está com umas tremedeiras e dor de cabeça. E só agora ela conseguiu um encaminhamento para um médico neurologista. Os funcionários do Cais falaram que são apenas dez fichas por mês", contou a doméstica.

Na madrugada de quinta-feira, a temperatura mínima foi de 11 graus. Para enfrentar esse começo de inverno, que promete ser rigoroso, as pessoas levaram agasalhos para enfrentar o frio e o desconforto.

A também doméstica Luiza de Fátima dos Santos Carvalho foi a quarta pessoa a chegar na fila naquele dia. Sentada em uma cadeira de praia e enrolada em um cobertor mostrou o que havia na sacola que estava aos seus pés. "Trouxe um lanche e um chimarrão para passar a madrugada. O fato de não estar em casa já é bem desagradável", falou a doméstica.
Luiza estava à espera de uma ficha para o seu filho de sete anos. "Essa situação em que nos encontramos é muito complicada. Esse sistema de atendimento precisa mudar. É inacreditável ter que enfrentar o frio e o vento para tentar conseguir uma ficha", comentou a doméstica.

A matéria completa na edição de ON deste final de semana

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