O deputado federal Beto Albuquerque (PSB/RS) sugere a criação de um Ministério do Trânsito e da Cidadania. A proposta foi feita durante participação do parlamentar no I Seminário de Segurança no Trânsito Brasileiro “Não é possível mais que tenhamos que depender de migalhas de recursos, como ocorre com o Denatran, para poder colocar em prática ações de controle. É urgente uma estrutura com recursos e autonomia e isso somente um ministério seria a solução”, afirmou.
A proposta apresentada pelo deputado gaúcho, que é presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro, ocorreu durante sua fala no painel Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito, que lotou o Auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados durante todo o dia. Projeto de lei de sua autoria, que leva o mesmo nome (PL 5.525/2009), foi detalhado aos participantes reunidos durante todo o dia na busca de caminhos viáveis para diminuir o número de vítimas nas estradas e vias urbanas do Brasil.
“Enquanto estamos aqui reunidos neste seminário, 100 brasileiros estão morrendo no trânsito. É por esses motivos que este é um tema que não pode ser tratado como assunto colateral. Nem as grandes guerras matam tanta gente por dia”, comparou. O parlamentar explicou que foi por esse motivo que protocolou o projeto de lei que cria um Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito, com a estipulação de metas de fiscalização nas estradas e vias urbanas. Beto lembrou que estudos apontam para um grave problema. Enquanto a maioria das pessoas preocupa-se com as estradas, está comprovado que 70% dos mortos e feridos no trânsito estão dentro das cidades, logo, segundo ele, é preciso instituir uma política urgente de fiscalização dentro das áreas urbanas. Seu projeto, explica Beto, está sintonizado com o mundo já que a Europa, por exemplo, já está 10 anos na nossa frente nessa luta contra a carnificina no trânsito brasileiro. “Estamos 10 anos atrasados, mas ainda é tempo”, afirma.
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