Bruno Todero/ON
Conhecida como uma das rodovias mais perigosas do Estado, a ERS-324 se tornou ainda mais arriscada desde que começaram as obras de recuperação, no final de 2009. Neste período, foram registrados mais de 80 acidentes, com cinco vítimas fatais, segundo a Polícia Rodoviária Estadual (PRE). O que impressiona é que isso não deveria ter acontecido. Todo problema pode ter sido motivado pela falha na execução do projeto de recuperação, que está sendo conduzido por um consórcio de empresas, que venceu licitação aberta pelo governo do Estado no ano passado. “Os prejuízos decorrentes da não recomposição da fresagem do asfalto e a falta de sinalização nos trechos em obras foram falhas da empresa, por isso a mesma foi notificada duas vezes”, disse o engenheiro Fabiano de Oliveira Pereira, responsável pelo 6º Distrito Operacional do Daer (Departamento Autônomo de Estradas e Rodagem).
Na prática, com a notificação, o Departamento estava responsabilizando o consórcio por qualquer acidente ou dano causado aos usuários da rodovia em função das falhas de execução. “Se acontecer algum prejuízo em função da falta de sinalização ou dos problemas no asfalto, a responsabilidade é deles”, afirmou Pereira.
Os problemas citados pelo engenheiro são dois. O primeiro é o estado em que se encontra o trecho de 10 quilômetros da chamada perimetral sul, que liga o trevo do Ricci ao trevo do Ginásio Teixeirinha. A retirada da camada superficial do asfalto, no trabalho chamado de fresagem, para colocação de nova manta asfáltica, ficou pela metade. O novo composto não foi colocado em função das chuvas. O resultado foi o aparecimento de centenas de crateras na pista, que já estava sem sinalização vertical e horizontal. “A empresa entregou ofício ao Daer informando que as obras naquele trecho estavam suspensas em função do mau tempo, mas que seriam retomadas assim que as condições melhorassem”, diz Pereira.
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