Curso teve como tema transporte de cargas perigosas

Motoristas que trabalham com transporte de cargas perigosas tiveram aulas de legislação e de procedimentos em caso de acidentes no Sest/Senat

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Leonardo Andreoli/ON

Pelas rodovias da região trafegam caminhões transportando milhares de substâncias consideradas perigosas pela ONU. Em caso de acidentes com esse tipo de produto, o perigo de danos ambientais e de mortes são maiores do que os acidentes com cargas normais. Para reduzir esses índices, periodicamente, os motoristas dessas cargas precisam passar por cursos de aperfeiçoamento. Nesse sábado (15), a Ecoambiental e o Sest/Senat realizaram um treinamento de reciclagem para colaboradores envolvidos nesse tipo de transporte. O curso contou com uma simulação de acidente.

A diretora da Ecoambiental, Clóvia Mistura, destaca que todo o transporte de carga perigosa precisa de licenciamento por ser uma fonte móvel de poluição. Os aperfeiçoamentos periódicos também são necessários para garantir maior segurança à atividade. "Os motoristas aprendem mais sobre legislação, direção defensiva, como se comportar em caso de acidente ou mesmo como eles têm podem consertar uma avaria no caminhão", diz. A utilização de uma simulação de acidente permite que os motoristas experimentem na prática as lições passadas durante o treinamento. "Se o motorista não estiver treinado, ele não saberá o que fazer e colocará em perigo o meio ambiente e as pessoas", justifica.

A legislação vigente prevê que motoristas das categorias B, C, D e E podem trabalhar com transporte de produtos perigosos. Para isso é necessária a participação em curso de movimentação de produtos perigosos, direção defensiva voltada para esse tipo de transporte, interação interpessoal e legislação específica.

Rota perigosa

A região de Passo Fundo é considerada uma roda de tráfego intenso de produtos perigosos. Conforme o sargento Gilmar França, da Polícia Rodoviária Estadual, pela ERS-135 trafegam por mês 2,5 mil substâncias perigosas, pela ERS-324 passam cerca de 2 mil substâncias desse tipo. "Em função da nossa fiscalização o número de acidentes é reduzido. Quando o motorista entra nas nossas rodovias, ele sabe que a fiscalização é rígida", destaca.

Procedimentos
Em caso de acidentes envolvendo cargas tóxicas, a primeira atitude do motorista deve ser de proteção pessoal, com os equipamentos de proteção individual. Na sequência, ele deve avisar as autoridades e a empresa e sinalizar a rodovia em ambos os sentidos. "Caso o motorista não tenha condições, quem toma essa iniciativa são as autoridades, que vão utilizar a sinalização do próprio veículo", explica França. Quando a Polícia Rodoviária identifica a carga perigosa, ela aciona imediatamente o Corpo de Bombeiros para fazer o atendimento.

Para quem trafega pela rodovia e não está envolvido no atendimento, a orientação é se afastar. Caso a pessoa passe imediatamente após o acidente e não sabe em que condições se encontra o motorista nem o tipo de carga, ela deve acionar a polícia rodoviária para tomar as providências necessárias.

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