A criação de empregos com carteira assinada em abril atingiu a marca de 305.068 mil, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, divulgados nesta segunda-feira. O número é recorde para o mês de abril e próximo do recorde histórico de 309 mil, atingido em julho de 2008. Abril de 2010 é o segundo melhor mês da série histórica do Caged, de acordo com o ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Ele também anunciou a reavaliação da meta de criação de empregos para 2009. A meta de criar 2 milhões de empregos formais este ano passou para 2,5 milhões. "Essa reavaliação leva em consideração os empregados que as empresas demitiram precipitadamente em 2009 e os novos contratos para a demanda de 2010", afirmou o ministro do Trabalho.
Os setores que mais geraram empregos foram o de serviços, com 96,5 mil postos, indústria de formação, com 83 mil, comércio, com 40 mil empregos gerados, setor agrícola, com 39 mil, e construção civil, com 38 mil. Das 27 unidades da federação, três tiveram resultados negativos no mês: Alagoas (-6,6 mil postos de trabalho), Pernambuco (-1,3 mil) e Paraíba (-206 postos). Segundo Lupi, isso se deve à sazonalidade típica da época do ano, com redução da atividade sucroalcooleira e da indústria alimentícia nessas regiões.
"Por outro lado, as áreas metropolitanas geraram menos empregos (94 mil postos, recorde para abril) do que as áreas agrícolas, porque começou a safra de várias culturas nessas áreas. No interior no País, porque as áreas agrícolas começaram o período de safra, houve uma geração de 147 mil postos de trabalho com carteira assinada", disse.
Segundo Lupi, o aumento na taxa de juros anunciado pelo Banco Central não vai influenciar a criação de empregos durante o ano. "O governo fez um corte de R$ 10 bilhões no Orçamento e não haverá corte em investimentos. A União fez seu papel em 2009, cortando juros, fazendo políticas agressivas, fez adaptações que não impedirão o crescimento. O Brasil precisa parar de ter complexo de inferioridade", afirmou.
Projeção
O ministro avalia que a geração de empregos com carteira assinada em maio ficará entre 240 mil e 280 mil vagas. Segundo Lupi, o mês de maio é tradicionalmente menos intenso para a geração de novas vagas de trabalho do que abril. "Somente em 2004 e 2009 tivemos o mês de maio mais forte do que abril. A produção, em maio, é sempre menor que abril. Temos que pensar que além de gerar empregos, de janeiro a abril deste ano estamos recuperando perdas do ano passado, por causa da crise", disse. De janeiro a abril deste ano, foram gerados um total de 962.327 mil empregos", afirmou o Lupi.