Emergências lotadas nos hospitais

Daniela Wiethölter/ON

Dificuldades respiratórias, tosse, falta de ar, febre, gripe e dores musculares. Em qualquer posto de saúde ou emergência de hospital a situação que se vê é a mesma: muitas pessoas com sintomas parecidos buscando atendimento. Nesta época do ano, quando são constantes as alterações bruscas de temperatura e dias seguidos de muita umidade, o mais comum são as doenças respiratórias.

HSVP
No Hospital São Vicente de Paulo a procura por atendimento na emergência aumentou em quase 100% nas últimas duas semanas. A média que era de 110 pessoas atendidas por dia, passou para mais de 200 atendimentos com a chegada do frio. Segundo a assessoria de comunicação do hospital, o aumento no número de atendimentos foi provocado especialmente por pacientes com problemas respiratórios. Desde o início do mês de maio mais de 540 pessoas procuraram a emergência do hospital com gripes, resfriados, pneumonia, bronquite e asma.

HC
No Hospital da Cidade a procura também aumentou consideravelmente. Conforme a assessoria de comunicação da instituição, a emergência recebe diariamente cerca de 180 pessoas. Atualmente, aproximadamente 20% deste total é de pacientes com doenças respiratórias, mas que nos próximos meses chegam a 50% do número de atendimentos.

HMCS
O Hospital Municipal, que há cerca de um mês ampliou a infra-estrutura de atendimento do Pronto-Socorro e Centro de Diagnóstico, a média de atendimentos diários também aumentou devido à chegada das baixas temperaturas. À noite e no final de semana, quando os Cais não oferecem atendimento, a procura é maior. Segundo o diretor do Hospital, Leandro Bussoloto, nos últimos dias a média de atendimentos aumentou de 120 para 150 diários. “As doenças respiratórias, especialmente de idosos, se intensificaram”, relatou.

Posto 24 horas
Neste final de semana, o movimento no Posto 24 horas também aumentou consideravelmente. Os atendimentos noturnos que normalmente não ultrapassam 25 chegaram a 45 no sábado e no domingo. No sábado à tarde, quando a média é de 16 crianças atendidas, foram realizados 45 atendimentos. Já no domingo à tarde, foram 28 atendimentos, 23 a mais que a média. Segundo a coordenadora da unidade, Irene dos Reis, cerca de 30% dos atendimentos são de pacientes com infecção de vias aéreas superiores, como asma, bronquite, otite e amigdalite.
A enfermeira explica que nesta época do ano, a dica é manter as crianças bem alimentadas e nutridas e, ao sinal de avanço dos sintomas, como febre, evitar expor as crianças a mudanças bruscas de temperatura. “O ideal é não levar para a escola, supermercado e permanecer em casa para evitar complicações futuras”, explicou.
Para quem precisar de atendimento médico, a coordenadora do Posto orienta que busquem o atendimento inicial nos Cais e ambulatórios do município e, em caso de emergência, procurar o Posto 24 horas especialmente no início do dia, pois após as 16 horas, dificulta o encaminhamento aos exames e às farmácias do município.