HSVP em processo de recertificação

Visitada por integrantes dos Ministérios da Educação e Saúde, instituição está sendo avaliada para ser novamente certificada como hospital de ensino

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Redação/ON

Certificado desde 2005 como hospital de ensino pelo Ministério da Educação (MEC) e Saúde (MS), o Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) de Passo Fundo é reavaliado (visitado) a cada dois anos, conforme preconiza a Portaria Interministerial 2.400, por uma comissão de certificadores que analisam ensino, assistência, gestão e pesquisa. No início deste mês, direção e chefias do HSVP receberam quatro certificadores do MEC e MS que visitaram unidades, conversaram com colaboradores e alunos para elaborar um relatório, que servirá de referência para a instituição ser recertificada como hospital de ensino.
A recepção aos certificadores contou com a presença do coordenador regional de Saúde, Fabiano Bolner, secretário municipal de Saúde, Alberi Grando, promotor de Justiça, Edgar Garcia, diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Passo Fundo, Luiz Carlos Manzato e de representantes da diretoria, administração e direção médica do HSVP.
Segundo o certificador da Secretaria de Educação Superior do MEC, Rigeldo Augusto Lima, a visita tem caráter colaborativo e não apenas fiscalizatório. “Nosso trabalho é de polinização. Trazemos experiências boas de outros lugares e, certamente, levamos experiências daqui, visto que o São Vicente é um hospital que contribui muito com o processo formativo no SUS”, ressaltou.

Para estar entre os melhores
Segundo Ilário De David, administrador do HSVP, ser um hospital de ensino é algo especial. Isso, porque hoje, dos cerca de “sete a oito mil hospitais existentes no Brasil, apenas 150 são considerados de ensino. É um grupo reduzido, porque são os melhores hospitais”, ressalta David. Para ele, a condição, além de ser algo especial, obriga que a instituição tenha sempre um nível de qualidade melhor, tanto na assistência aos pacientes, quanto no ensino. “Os acadêmicos das diversas áreas da saúde somente poderão utilizar como cenário de estágio um hospital de ensino certificado. Além disso, para receber a certificação é necessário atender a mais de 100 itens dentro do que é preconizado na portaria”, salienta.
Conforme o administrador, um dos quesitos básicos na avaliação é a prestação de assistência de alta qualidade aos pacientes e o desenvolvimento de pesquisas. “Os ministérios olham como parceiros e dão prioridade, primeiro aos hospitais públicos e, em seguida, aos hospitais de ensino, nas parcerias, destinação de recursos e equipamentos”, enfatiza. De outro lado, cerca de 600 alunos realizam hoje suas atividades dentro das instalações do HSVP. “Isso nos exige uma organização ainda melhor na assistência aos pacientes e na difusão de tecnologia, porque os alunos são pessoas que cobram, exigem, ajudam, mas querem em contrapartida o ensino, o acesso à informação. Certamente, os hospitais de ensino são os melhores do Brasil”, destaca.

Processo de certificação
Ao explicar o processo de certificação, Lima salientou que existe uma portaria interministerial com critérios estabelecidos e conhecidos pelas instituições. O critério da recertificação a cada dois anos faz parte de um processo voluntário, onde o hospital de ensino tem a opção de querer ou não ser reavaliado e continuar na política de hospital de ensino.
Na visão do certificador, o cumprimento dos requisitos editados pela portaria possibilita ganhos e benefícios para o hospital de ensino. Em razão de avaliar a assistência, gestão, formação e pesquisa, a certificação permite a implementação de melhorias, correção de falhas, padronização de práticas para aprimorar o atendimento e a formação no ensino superior.
“O processo educativo é contínuo e dinâmico, pois quando o hospital consegue atingir suas metas, resolver suas demandas, surgem novos desafios e pendências. O HSVP cresceu em termos de estrutura física, por isso, constantemente vão surgir novas demandas para serem preenchidas”, aponta Lima, ao evidenciar que um hospital de ensino deve sempre enfocar suas ações em dois importantes clientes, o paciente e o aluno que está em formação.

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