Nova licitação para o lixo em 15 dias

Revisado e ampliado quanto às exigências, processo de licitação será reeditado nos próximos dias

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Glenda Mendes/ON

Depois de ter sido suspensa pelo Tribunal de Contas, a licitação para a contratação da empresa que vai se responsabilizar pela coleta do lixo, administração do aterro e aluguel dos contêineres para o município de Passo Fundo precisou ser revisada. No prazo de 15 dias, o secretário do Meio Ambiente, Clóvis Alves, acredita ser possível publicar o edital da licitação reeditado.
Nesse processo, aumentaram as exigências para as empresas que queiram se candidatar. De acordo com Alves, o número de contêineres, que era de 400 na licitação anterior, agora aumentou para 700. "O número de caminhões também foi aumentado. A nova licitação prevê oito caminhões compactadores e dois caminhões baús, que são os que fazem a coleta do lixo reciclável", comenta o secretário.

De acordo com ele, a ideia de implantar um novo sistema na coleta do lixo em Passo Fundo continua. É por isso que se torna necessária a contratação de contêineres. Dessa forma, será a própria população que ficará responsável pela separação do lixo, processo que deverá acontecer dentro de casa. Por isso, serão colocados dois contêineres para que seja depositado o lixo para a coleta: um para receber o lixo seco e outro para o lixo orgânico.

Convênio para reciclagem
Além da licitação, outras novidades devem ser implantadas. Uma delas é o convênio assinado entre a prefeitura, o projeto TransformAção e a Reciblea (Associação de Recicladores do Parque Boa Vista). Com isso, serão os 53 associados que ficarão responsáveis pela triagem do lixo na esteira do aterro sanitário.

Para que o trabalho dos integrantes da Recibela possa ser iniciado, o Conselho Municipal de Meio Ambiente destinou R$ 62.4 mil à associação. "Além de começarmos a ter um trabalho mais eficaz na triagem, o convênio é uma questão social, uma vez que os associados da Recibela terão melhores condições de vida. Trabalhando na esteira do aterro, eles não estarão mais sujeitos às intempéries, o que acontecia quando buscavam o material reciclável com carrinhos pelas ruas", destaca Alves.
Além disso, existe a expectativa de um aumento na renda desses trabalhadores que também terão seguro de vida e passarão a trabalhar usando equipamentos de proteção individual. "Colocando a associação para trabalhar no galpão do aterro, eles terão a esteira e as prensas para melhorar as condições de trabalho. Também poderão vender o produto em pacotes fechados, o que aumenta o valor", salienta o secretário.

Para realizar o trabalho, os associados estão passando por um treinamento. "Eles serão o dono do negócio. Enquanto a prefeitura entra com as despesas de água, luz e manutenção, a associação fica com a mão de obra", explica Alves. Em um segundo momento, a Recibela deverá criar um fundo de reserva para futuros investimentos no local.
Segundo Alves, a triagem hoje é feita, mas "de maneira precária por poucos funcionários, porque é um custo muito alto de encargos para manter os trabalhadores", comenta.

Menos custo para o município
Vantagens para a associação e vantagens para o município. O convênio vai possibilitar, além de maior dignidade para os trabalhadores, menor custo para o município na manutenção das células. Com uma maior quantidade de lixo destinado à reciclagem, menos resíduos vão para as células, o que aumenta a vida útil dos aterros sanitários. "O custo que o município terá com a destinação dos resíduos vai diminuir, porque vai diminuir a quantidade de material", destaca o secretário.
A situação atual da célula do aterro é de quase saturação. Por isso, dois processos estão com a Fepam para a instalação de uma nova unidade, além do projeto para ampliação do aterro.

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