Natália Fávero/ON
A maior escola estadual da região, com 1.780 alunos, ainda está com falta de professores. Na Eenav (Escola Estadual Nicolau de Araújo Vergueiro), os alunos da 5ª série do turno da tarde estão sem professor de inglês e os do ensino médio, turno da manhã, não têm professor de português. Eles estão sendo dispensados ou outras disciplinas cobrem os períodos vagos. A situação preocupa os alunos, que estão sem nota nos boletins.
As turmas de 5ª série estão sem professor de inglês há três semanas. São seis períodos com essa disciplina por semana. Para não dispensar os alunos, que ainda são considerados pequenos, os períodos estão sendo cobertos por outras disciplinas. Já os alunos do ensino médio, que estão sem professor de português há um mês, estão sendo liberados mais cedo. A direção e os alunos estão preocupados, porque não poderão ser formadas novas turmas. "O semestre não será fechado, enquanto não houver notas", explicou a vice-diretora da tarde, Mariângela Sachet.
Os professores estão fazendo além do seu horário para ajudar a escola. "Eles estão fazendo hora extra sem receber para contribuir", disse a vice-diretora. As professoras de inglês e português tiraram licença-saúde e a 7ª CRE (Coordenadoria Regional de Educação) ainda não enviou novos professores para substituí-las. "Já encaminhamos um pedido à coordenadoria, mas até agora nada", contou Mariângela.
A aluna Laura Decésaro Paula, de dez anos, reclama da falta de um professor de inglês. "É uma matéria difícil e estamos há três semanas sem professor. Assim fica difícil", disse Laura. A supervisora escolar, Ivanete Santi, comentou que todos estão engajados e lutando pela vinda dos professores. "Os pais nos procuram todos os dias, os alunos estão chateados e preocupados com a proximidade do vestibular", disse Ivanete. O Eenav é uma das escolas que mais tem problemas com a falta de professores desde o início do ano letivo. Chegou a faltar dez professores.
Posição da 7ª CRE
O coordenador da 7ª CRE, Eliomar Lara, informou que as duas professoras que estão de licença pediram atestados válidos por poucos dias, que são renovados, evitando a perícia médica e, por isso, não teriam sido contratado novos professores. Mas, depois de receber um abaixo-assinado dos alunos e pedidos da direção da escola, foi enviado à secretaria do Estado um pedido de convocação ou contrato emergencial, que, no entanto, deve demorar ainda alguns dias para resolver o problema.