Representação estrangeira

O 3º Encontro Sul Brasileiro de Fuscas e Derivados a Ar de Passo Fundo reuniu fusqueiros dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e do país da Argentina. Os Hermanos rodaram 1,2 mil quilômetros com os Fuscas para prestigiar o evento

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Natália Fávero/ON

O amor pelo Fusca não tem explicação e nem barreiras. A prova disso foi à determinação de um grupo de argentinos que rodaram 1,2 mil quilômetros para prestigiar o 3º Encontro Sul Brasileiro de Fuscas e Derivados a Ar de Passo Fundo, promovido pelo Passo Fundo Fusca Clube. O evento, na próxima edição passará a ser chamado de Encontro Sul Americano. Os Fuscas saíram de Buenos Aires, na Argentina e levaram quase dois dias para chegar até Passo Fundo.
Em busca de aventura e para mostrar a paixão pelo carro mais popular do mundo, um grupo de argentinos, com três Fuscas resolveu participar do encontro. Eles saíram de Buenos Aires, na sexta-feira ,18 e levaram 12h para chegar ao município argentino São Tomé, na fronteira com o Brasil, onde pousaram. Às 10h, da manhã seguinte, retomaram a viagem e chegaram em Passo Fundo, às 18h30 de sábado. Ao total foram quase 21h de estrada. Dois Fuscas são do ano 1980, com motor 1.300 cilindradas e o outro é de 1961, motor 1.200 cilindradas.

250 Fuscas e Derivados a Ar encantaram o público
Mais de 30 municípios do sul do país estiveram reunidos no encontro e 5,2 mil pessoas foram até o Parque Wolmar Salton no fim de semana para ver de perto os 250 Fuscas expostos. Entre as cidades estiveram Bento Gonçalves, Marau, Panambi, Lajeado, Novo Hamburgo, São Marcos, Soledade e Presidente Getúlio/SC. Além da visitação, os inscritos participaram da Arrancada, uma espécie de gincana de arrancada de Fuscas e Derivados. O carro vencedor foi uma Variant, 1.600 cilindradas com o tempo de 2min.41seg.
O diretor de comunicação do Passo Fundo Fusca Clube, Lúcio da Silva disse que a chuva atrapalhou a vinda de mais Fuscas, mas que considera os resultados positivos. “A população compareceu mesmo com a chuva. O evento está crescendo a cada ano e já começamos a planejar o próximo encontro, que será Sul Americano e não mais Sul Brasileiro”, explicou Silva.

Um Fusca no valor de R$ 45 mil
Um dos Fuscas que mais encantou o público foi o de Claudinei Ricardo Lange, de Presidente Getúlio/SC. Foram mais de 460 quilômetros até Passo Fundo, em uma média de 110 Km/h. O Fusca, ano 1984 já faz parte da família há 17 anos. Foi neste carro que Claudinei aprendeu a dirigir. A paixão à primeira vista, fez com que ele investisse R$ 45 mil no Fusca. “Coloquei freio a disco, suspensão a ar, travas e vidros elétricos, capô em acrílico, som, câmera de ré, rodas 18, bancos de couro, entre outras infinidades de detalhes”, contou Lange.
O proprietário disse que o Fusca não tem preço. A namorada Juliana disse não se importar em andar de Fusca pelo resto da vida. “Não sou daquelas que tem preconceito ao Fusca. Pelo contrário, tenho um grande amor por este carro e nunca vou deixar vender”, declarou Juliana.

“Vendi o Fusca para pagar meu casamento”
Robson Fongaro, de São Marcos/RS tomou uma decisão difícil no ano de 2000. Ele vendeu o Fusca para poder casar com a noiva Djeice. Na época, ele conseguiu R$ 8,5 mil pelo carro, ano 1981. O dinheiro foi investido na festa e ainda sobrou R$ 500,00. Fongaro é outro fusqueiro de carteirinha, já teve cerca de 15 Fuscas na vida. Hoje, ele tem quatro. No ano passado, resolveu fazer uma nova surpresa para a sua amada. “Comprei aquele Fusca que tinha vendido para pagar o casamento. Pintei de roxo e dei de presente para a minha esposa”, contou o fusqueiro.

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