Natália Fávero/ON
Os constantes assaltos nos Postos de Saúde nos bairros de Passo Fundo levaram a Faculdade de Medicina da UPF a suspender temporariamente as aulas práticas do curso realizadas para cerca de 200 alunos e ministradas por mais de 10 professores, em 15 unidades de saúde. Um assalto a mão armada sofrido por um aluno, no bairro Nossa Senhora Aparecida há poucos dias fez com que a Universidade adotasse a medida de precaução. O diretor da Faculdade de Medicina, Luiz Carlos Manzatto informou que a instituição vai buscar junto a Brigada Militar, prefeitura e lideranças comunitárias soluções para a insegurança.
Manzatto explicou que os assaltos às unidades de saúde nos bairros de Passo Fundo não atingem só os alunos e professores da Faculdade de Medicina, mas toda a comunidade. “Hoje foi só um assalto, levaram o carro e o celular, mas amanhã pode ser a vida de alguém. Estamos preocupados e não podemos ficar sem fazer nada”, explicou o diretor da Faculdade.
A Faculdade está buscando formas para que os alunos não sejam prejudicados, como por exemplo, a realização de aulas coletivas em um único local. Os alunos que atuam nestas unidades de saúde fazem parte da graduação e de programas como o Pró-Saúde I e II, o Pet Saúde e ainda o Pet Vigilância que está por ser implantado. Verbas são disponibilizadas para atender estes programas e melhorar a saúde da população. O semestre está chegando ao final e este será o momento para eles se reunir com os órgãos como a Brigada Militar, Prefeitura e lideranças comunitárias para discutir soluções para o problema. “A solução tem que ser coletiva”, disse o diretor.
Brigada Militar não aprova decisão
O major Adair Zanotelli, comandante interino do 3º RPMon da Brigada Militar, disse que esta medida adotada pela Universidade não foi a mais adequada para resolver o problema. “Quando há uma dificuldade é necessário sentar em conjunto com os órgãos para buscar soluções para minimizá-lo. Não concordamos com esta medida unilateral”, desaprovou Zanotelli. O major destacou que a Brigada Militar não tem como disponibilizar um policial para cada posto de saúde, mas que a polícia está atuando, através das guarnições motorizadas, Bike Patrulha e posto móvel, por exemplo.