A Justiça Federal e a Justiça do Trabalho de Passo Fundo e Marau retornaram às atividades normais na manhã de ontem. Os servidores optaram, em assembléia, pelo fim da greve que durava há 42 dias. Entre os motivos está o atendimento parcial das reivindicações de ajuste salarial da categoria. A expectativa é de que em três semanas as demandas atrasadas sejam normalizadas.
De acordo com o diretor estadual do Sintrajufe (Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal do Rio Grande do Sul), Gonçalo Moretto, a decisão foi tomada em assembleia no final da tarde de terça-feira. “Optamos por suspender temporariamente o movimento grevista entre Passo Fundo e Marau por conta de já estarmos paralisados há 42 dias e isso provocar um desgaste natural nos próprios grevistas. Cumprimos todos os dias o horário na Justiça do Trabalho”, esclarece. Segundo ele a opção por suspender a paralisação está ligada ao atendimento parcial das reivindicações da categoria. Eles reivindicavam a votação do projeto de lei 6.613/09, que trata sobre os planos de cargos e salários dos servidores federais, além do reajuste dos salários das categorias em 40%.
O projeto de lei tramitou pela Comissão do Trabalho da Câmara dos Deputados na última semana. “Ele já foi encaminhado já para a Comissão de Finanças da Câmara. O anúncio de reuniões do ministro Cezar Peluzzo, presidente do STF, com o Ministro do Planejamento, Paulo Bernandro, e com o presidente Lula, para tratar de questões pertinentes ao nosso reajuste também influenciaram na decisão”, explica. Em Passo Fundo houve uma adesão de aproximadamente 60% dos servidores. “Com o retorno 100% dos servidores estão trabalhando”, afirma.
Atrasos
Embora os atendimentos de emergência tenham sido mantidos a paralisação teve reflexo no atraso dos processos. Moretto destaca que ainda não está definida forma de como essa situação será regularizada. Ele antecipa que dentro de três semanas os prazos já estejam adequados. Teve uma repercussão natural em atraso de processos.